"Cara é a vida da gente jornalista ela é muito louca principalmente
quando você trabalha bastante. No meu caso durante década setenta eu
sempre fui apaixonado por futebol e achava Marinho Chagas à frente
do seu tempo em relação à posição que ele jogava. Na década de
setenta os laterais ainda não subiam tanto né? E me encantava ver o
Marinho jogando. E quis o destino que eu fosse morar em Natal,
trabalhar na Band de Natal, e conheci o Marinho. Aí eu fiquei muito
muito próximo ao Marinho. A gente saia pra conversar, jantar... Ele
me contava histórias dele, com Frank Sinatra ou quando jogou no
Cosmos. As histórias da seleção brasileira a coisa de ser um símbolo
sexual também por causa daqueles cabelos loiros oxigenados... O
Marinho era uma pessoa muito doce, se tivesse uma palavra pra
descrever ele era: uma pessoa doce. É essa a lembrança que fica, a
desse grande amigo que eu tive na minha vida. É isso que que eu vou
lembrar sempre do Marinho: simples, divertido, maluquinho, mas acima
de tudo, Marinho Chagas era uma pessoa doce."
, jornalista esportivo Luciano Junior.