A seca que atinge a Espanha e outros eventos climáticos extremos ao redor do mundo têm gerado impactos diretos no preço de produtos no Brasil, como azeite e café. Segundo o economista Joedson Farias, fenômenos climáticos, tanto no Brasil quanto no exterior, afetam diretamente a oferta de alimentos e, consequentemente, seus preços.
“Alimentos são muito sensíveis a fatores climáticos. Uma seca, enchente ou geada podem comprometer a produtividade e a oferta de produtos, elevando os preços. No caso do azeite, a seca na Espanha reduziu a produção, impactando os custos do produto. Com o café, geadas também comprometem a produção, resultando em preços mais altos”, explicou Joedson.
Além dos desafios climáticos, a distância entre o salário mínimo praticado no Brasil e o necessário para uma vida digna é alarmante. O valor atual, de R$ 1.518, está muito abaixo do ideal calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
“Esse salário mínimo necessário deve cobrir despesas de uma família de três pessoas, incluindo alimentação, vestuário, educação e saúde. Hoje, ele deveria estar na faixa de R$ 7 mil, um valor muito distante do salário vigente”, detalhou o economista.
Os números revelam não apenas os desafios econômicos impostos pelas crises climáticas, mas também a necessidade de políticas públicas que contemplem o impacto dessas mudanças no custo de vida e na qualidade de vida dos brasileiros.