Os biólogos que trabalham e estudam o nosso litoral estão preocupados. O motivo é o surgimento no litoral da Costa Branca de um invasor: o peixe-leão. Ele pode até não ser tão temido como um tubarão, mas a simples presença dele pode significar um importante desequilíbrio na nossa faixa litorânea.
A espécie foi encontrada esta semana por pescadores de Porto do Mangue/RN. Há cerca de 20 anos, esta espécie começou a aparecer no litoral do Caribe, mas originalmente é do Oceano Indo-Pacífico. E apesar de bonitinho nas fotos, é considerado uma ameaça ao ecossistema existente. Ele não tem um predador natural aqui na região e isso pode causar um grande desequilíbrio.
O peixe já estava sendo monitorado por estudiosos e pescadores cearenses. Principalmente após o Ceará registrar a primeira vítima do peixe aqui no país. Um pescador do estado vizinho tocou no espinho de um peixe e precisou de atendimento médico, mas já no hospital sofreu duas paradas cardíacas.
Para um banhista, o encontro com o peixe-leão pode não ser tão agradável. O animal não ataca humanos apesar de ser um predador voraz, nem mesmo a mordida em uma pessoa é perigosa, mas se por acidente alguém tocar em um dos 18 espinhos que ele tem vai precisar de atendimento médico. O veneno é muito forte e pode causar dormência ou convulsão. O acidente com peixe-leão ainda é raro, mas caso aconteça, os biólogos recomendam lavar o local com água quente e procurar atendimento médico imediatamente.
Em alguns lugares do litoral caribenho, o peixe-leão se tornou um caso sério. A infestação em algumas praias preocupa as autoridades e tem afetado o turismo. Ele pode ser encontrado em ambientes costeiros, perto de corais, mas também em profundidades maiores – até 50 metros. Caso um mergulhador, banhista ou pescador encontre um peixe-leão deve alertar as autoridades (como ICMBio) para que estas façam a captura do animal para evitar uma infestação.
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