O peixe-leão começou a aparecer no litoral do rio grande do norte no fim do mês de julho. A espécie é uma ameaça à fauna marinha do estado e pode também causar prejuízos a saúde humana. E por isso um grupo de pesquisadores da Ufersa está monitorando os casos.
N o dia 29 de julho o alerta foi ligado. O primeiro caso de aparecimento da espécie foi registrado no Rio Grande do Norte na praia de Tibau. Pouco tempo depois, outro caso em Porto do Mangue.
A espécie, originária do pacífico é considerada predadora e pode trazer grandes prejuízos para o equilíbrio do nosso litoral. O peixinho é considerado um grande predador, pode se alimentar de até 20 peixes em apenas meia hora. E para piorar não tem um predador natural aqui na região.
“Esse é um animal que vai aparecer bastante daqui pra frente. Infelizmente ele já chegou na nossa costa. A gente conta com a ajuda dos pescadores… comunicar, passar as informações, ou na captura se possível… E estamos fazendo um trabalho em parceria com o IFRN de Natal e a UFRN numa força tarefa para tentar fazer uma capacitação com os pescadores.[] A única forma de controlar esse animal é realmente através da captura”, afirmou Emanuelle Rabelo, professora da Ufersa.
A Ufersa está com um peixe capturado para iniciar os estudos mais aprofundados sobre a espécie invasora. E vale lembrar que o peixe-leão também pode trazer riscos para a saúde humana. Os espinhos liberam uma toxina que em contato com o corpo humano pode causar forte dor.
Segundo os pesquisadores, o peixe encontrado em Porto do Mangue tem características de um peixe jovem o que indica que ele já está se reproduzindo aqui no nosso litoral.
O peixe-leão capturado vai ser levado na próxima semana para estudos mais aprofundados na Universidade Federal do Ceará. O objetivo é descobrir a idade do animal capturado e outras características que possam ajudar no controle.
“Vamos descobrir a idade, saber se é macho ou fêmea, estudo genético do conteúdo do estômago para saber o que ele está se alimentando aqui na nossa costa. Então ele vai ser enviado para vários estudos para entendermos melhor sobre este animal”, afirmou Emanuelle Rabelo.
A Idema e Ufersa estão monitorando os casos. As autoridades querem criar uma força-tarefa para que a espécie seja capturada da forma correta e o avanço do peixe leão seja freado no nosso litoral. Os primeiros casos apareceram na costa branca, mas não deve demorar para a espécie aparecer em outros locais do litoral potiguar. Por isso, a importância dos pescadores localizarem e avisarem os órgãos responsáveis. O telefone para contato do ICMBio de Mossoró é o 3316-8287.
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