O maior nome da cultura potiguar, o folclorista Luís da Câmara Cascudo, deixou diversos legados com seu trabalho. Entre eles está a Academia Norte-rio-grandense de Letras (ANRL), fundada em novembro de 1936.
A ANRL foi uma das primeiras academias do tipo a aceitar mulheres. Logo na fundação, Câmara Cascudo formou a instituição com duas acadêmicas e três patronas. Um avanço, visto que a Academia Brasileira de Letras só aceitou mulheres mais de 10 anos depois.
Hoje a academia se mostra diversa quando o assunto é a origem dos acadêmicos. Das 40 cadeiras – 39 estão ocupadas. Eles nasceram em 25 cidades diferentes, sendo 6 de outros estados (dois cearenses, dois paraibanos, um mineiro, um pernambucano).
Na capital, Natal, nasceram o maior número de imortais; 12. Seguidos de Mossoró, São José de Campestre e Nova Cruz com dois representantes cada. Atualmente são quatro mulheres e 35 homens.
Armando Aurélio Fernandes de Negreiros, é mossoroense nascido em 1951. Ele é cronista e ensaísta, autor de “A Folga da Dobra”, “Na Companhia dos Imortais” e outros livros. Além disso é médico e professor universitário.
O outro mossoroense da ANRL é Elder Heronildes da Silva. Nascido em 1933 é o segundo mais velho. É ensaísta e cronista, autor de “A Rua de Jaime e Outros Temas”, “Raimundo Rubira da Luz – Um Homem que Preencheu uma Época” e outros livros. Elder é advogado e professor universitário.
Noite de festa
O aniversário da Academia Norte-rio-grandense de Letras será celebrado com uma sessão comemorativa nesta quarta-feira, dia 16, no salão nobre da instituição, em Natal. A noite vai homenagear três novos sócios de honra, e também terá o lançamento de uma revista da academia.