Potiguares das classes sociais C, D e E serão os mais afetadas pelo aumento recente no preço do gás de cozinha registrado no Rio Grande do Norte, segundo o Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás LP do RN (Singás-RN).
O valor do botijão subiu em média R$ 3 desde a semana passada, devido o aumento na alíquota do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Estado, que passou de 18% para 20% neste mês. Com a mudança, o preço do gás de cozinha passou a custar entre R$ 108 e R$ 113 nas distribuidoras do RN.
De acordo com o presidente do Singás-RN, Francisco Santos, o aumento causado pelo ICMS deve ser sentido, principalmente, pelas classes sociais mais baixas. “Para quem ganha um salário mínimo, para quem ganha R$ 1.200, um botijão de gás vai ser praticamente 10% da renda, isso é muito alto. Quem mais usa o gás são as classes C, D e E, que sentem mais no bolso esse aumento”, afirma.
O Sindicato critica a posição do Governo do Estado em relação ao ICMS, e afirma que é necessária uma adequação do poder público estadual em relação à arrecadação de impostos e gastos públicos. “O Governo precisa se adequar ao que ele arrecada. O Governo gasta mal e aumenta os impostos, e sempre coloca a população para pagar essa conta”, diz Francisco Santos.