Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte deram início nesta terça-feira (11) a greve por tempo indeterminado. A paralisação foi deflagrada em ato realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN) em frente ao Hospital Walfredo Gurgel, em Natal/RN.
Os profissionais reivindicam mais de dezenove pontos, como como o pagamento dos plantões eventuais dentro do mês trabalhado, a implantação e pagamento do piso da enfermagem, o pagamento das perdas salariais para ativos e aposentados no percentual de 21,87%, o pagamento do adicional de insalubridade e a revisão da lei da produtividade.
De acordo com o Sindicato a greve afeta atendimentos em hospitais estaduais, serviços de urgência e emergência o Samu Metropolitano. Alguns serviços vão funcionar com 30% ou até 40% do efetivo de servidores, a depender da unidade de saúde.
Em entrevista ao Jornalismo TCM, João Morais, coordenador do Sindsaúde de Mossoró, disse que os servidores do município também vão aderir ao movimento, e devem entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (17).
“A categoria iniciou a Campanha Salarial de 2023 e decidiu iniciar a greve como uma resposta ao governo Fátima Bezerra (PT) que segue sem apresentar soluções para muitos pontos da pauta dos trabalhadores da saúde do RN e desde o ano passado não cumpre sequer o que está previsto na lei do Plano de Cargos. Além disso, a Mesa Sus, criada para negociar, está sendo usada apenas para enrolar”, explica o Sindsaúde.
Uma reunião com o Governo do Estado está marcada para o dia 27 de abril para negociações. Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) disse que houve uma mesa SUS extraordinária na última quarta-feira (05) para tratar sobre alguns pontos levantados pelo sindicato para o indicativo de greve.
“Na ocasião, foram apresentados dados como os incrementos de ativos de 2019 até hoje, de mais de 36 milhões, com aumento salarial através da implantação do Plano de Cargos e Salários, além do incentivo à qualificação constante para todos os servidores. Na ocasião, foi demonstrada a queda da arrecadação do ICMS no Estado e foi solicitado o adiamento da greve, para que no próximo dia 27 de abril, em uma nova Mesa SUS extraordinária, a Sesap devolva a resposta de alguns pontos elencados pelo sindicato”, disse a Sesap.