O primeiro texto desse espaço é uma autoapresentação a partir da simples pergunta “Quem sou?”. Porém, ao tentar respondê-la estranhamente as palavras vagueiam, estão ali e, num mesmo instante não estão. Fogem, escorregam entre os pensamentos.
Você já teve a oportunidade de responder essa intrigante pergunta? Percebeu que encontrar palavras que nos descrevem não é uma tarefa das mais simples?
Falar sobre nós mesmos tem a ver com o nosso próprio conhecimento, ou autoconhecimento. E nas poucas vezes em que nos deparamos com essa confrontação estamos a alguns passos de acessar informações que nunca nem ao menos pensamos conscientemente sobre elas.
Quer tentar um exercício? Pare em frente ao espelho, observe, tente enxergar além da imagem projetada no espelho e faça a famigerada pergunta: “Quem sou?”
Costumamos a nos descrever baseados em comportamentos comuns, traços de personalidade ou mesmo como gostaríamos que fossemos vistos pela sociedade. No entanto, autoconhecimento está para além disso, é buscar e encontrar respostas mais profundas dentro de si sobre sentimentos, emoções, desejos, valores, propósitos, fraquezas, inseguranças, limites, o que se pensa sobre si mesmo, sobre o outro e até sobre si em relação ao mundo.
Realmente não é fácil olhar para si mesmo e questionar, refletir. Entretanto, pode ser um treinamento libertador, pois é conhecendo nossas próprias fraquezas e inseguranças que fortalecemos nossa autoestima, conquistamos controle emocional e autoconfiança. E a partir disso, é possível ser mais assertivo, construir vínculos interpessoais mais fortes e saudáveis.
O que o autoconhecimento tem a ver com essa autoapresentação? Apenas tudo. Foi com o intuito de buscar respostas sobre o outro, tentar compreender comportamentos e atitudes sociais, e, sobretudo, por gostar de ajudar as outras pessoas que ingressei no curso de Psicologia, minha segunda graduação.
O que eu não sabia é que eu só poderia compreender melhor o outro e até mesmo ajudá-lo de alguma maneira, se antes eu compreendesse a mim mesma e se também estivesse bem comigo mesma. Afinal, só devemos dar ao outro o que podemos oferecer respeitando nossas limitações, nada mais além disso.
A partir de hoje, assumo o compromisso semanal de abordar a Psicologia de uma maneira leve e informativa, aproximando temáticas corriqueiras do nosso cotidiano à ciência psicológica. É uma proposta desafiadora, mas gratificante. Como comunicadora e jornalista há quase 15 anos, realizo um sonho de assinar um espaço democratizando a informação com um olhar mais sensível, cuidadoso e responsável.
Vamos juntos/as!
Leilane Andrade
Psicóloga Clínica e Jornalista
CRP 17/6253
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@leilaneandpsicologa