Nesta dia 13 de setembro se comemora o Dia Nacional da Cachaça. A produção da bebida destilada que é originalmente brasileira foi regulamentada por lei, e a história dela começou ainda no período do Brasil Colônia.
De acordo com o gastrólogo Gerson Nogueira, a bebida começou a ser usada inicialmente como moeda de troca. “A cachaça por muito tempo ela serviu como moeda de troca. Era levada através das navegações e usada para trocar por pessoas para serem escravizadas aqui no Brasil Colônia. Ela foi produzida primeiramente em Pernambuco, entre os anos de 1516 e 1532, e depois começou a ganhar mercado fora do país”, explica Gerson Nogueira.
No século XVII a corte em Portugal proibiu a produção e a venda da cachaça, que só foi liberada posteriormente em 13 de setembro de 1661, pela rainha Luísa de Gusmão, e desde então se tornou parte da cultura nacional. Em 2003, por exemplo, foi publicado um decreto que determina que a bebida seja produzida com graduação alcoólica de 38% a 48% em volume, obtida pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar.
Gerson Nogueira ainda explica que existem algumas categorias a partir das fermentações da cana-de-açúcar, como a cachaça e aguardente.
“Na aguardente são introduzidos alguns aditivos químicos, como corantes, açúcares e saborizantes. Já a cachaça passa por um processo mais minucioso devido às regulamentações que consideram o teor alcoólico, fermentação, envelhecimento. As cachaças mais nobres, por exemplo, são envelhecidas em barris de carvalho, bálsamo. Alguns produtores colocam em madeiras especiais que remetam a sua identicidade”, diz o gastrólogo.