Desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação de Apodi/RN o evento, chamado de “Projeto TEAbraço”, realizou uma série de atividades entre os dias 21 e 22 de abril. O objetivo é conscientizar a população sobre a importância da inclusão e refletir sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“As ações realizadas dentro da programação visam informar e conscientizar a sociedade como um todo em relação ao Transtorno do Espectro Autista, como também dá visibilidade as potencialidades dos autistas do nosso município,” explicou Denilde Fernandes, Coordenadora de Educação Especial de Apodi.
De acordo com Ministério da Saúde, O TEA é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, que interfere na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento. O diagnóstico precoce é fundamental para o desenvolvimento de estímulos para independência e qualidade de vida das crianças.
Em Apodi, o diagnóstico de crianças com o transtorno tem chamado a atenção dos profissionais da educação. De acordo com levantamento da Secretaria, na rede municipal, 70 alunos têm o TEA. Na rede estadual são 38 e nas escolas privadas são 13. De acordo com a Coordenadora, o número é ainda maior, pois existem os casos que ainda estão em análise.
Nas escolas, as crianças com TEA necessitam e têm direito a professores auxiliares capacitados. Segundo Elmo Alves, secretário de educação do município, atualmente todas as crianças, que necessitam, têm esse acompanhamento, mas existem algumas dificuldades.
“Aquele que não tem empatia pela causa autista não adiante ir para uma sala de aula. Nós estamos com dificuldades, quando surge um novo caso e a gente procura esse professor auxiliar, e quando alguns veem que é para dá um suporte a um autista, muitos não querem”, disse o Secretário.
Para os organizadores do Projeto TEAbraço, as atividades tem justamente esse papel de chamar a atenção da sociedade para conscientização de como as crianças com TEA têm a necessidade de uma atenção especializa.
“Uma outra questão é o fato da dificuldade que essas crianças tem de seguir regras. Porque mesmo quando estão dispostas a participar de uma brincadeira ou uma atividade de pintura, por exemplo, sempre querem colocar da maneira deles, (…) da forma que a criança vê, que ela enxerga o mundo. E essa maneira diferente de ser tem que ser respeitada e compreendida”, finalizou Denilde.