A música é considerada por muitos o alimento da alma e o remédio para o coração. Foi acreditando nisso que o geriatra Diôgo Brito começou utilizar melodias para atender seus pacientes.
A história de Diôgo com a música é antiga. Antes mesmo de estudar medicina, ele já tocava em bandas de Mossoró e até de outros estados do Nordeste. Mesmo depois de concluir o curso e começar a atuar como médico em 2015, ele nunca se distanciou da música e até hoje faz parte de um grupo musical.
As apresentações mensais da banda, que acontecem duas ou três vezes por mês, se tornaram insuficientes para Diôgo, e ele sentiu necessidade de aproximar a música ao trabalho. Os instrumentos, que sempre foram seus parceiros passaram a compor o cenário do consultório e participar das consultas.
“Eu decidi deixar um instrumento aqui no consultório, para quando chegasse algum paciente que gostasse, eu pudesse fazer alguma música para ele”, relembra o médico.
O geriatra conta que começou a usar a musicoterapia – método terapêutico que utiliza canções no auxílio de tratamentos – tanto de forma clínica como também uma maneira de descontrair e tornar o momento da consulta menos tenso.
“A intenção é quebrar aquele clima de uma consulta pesada. Quando um idoso vai ao médico ele tem medo de estar com uma doença grave, está com medo de morrer, então você quebra aquele gelo, gera uma maior confiança e maior tranquilidade para o paciente”, explica.
Com o cavaquinho em mãos, Diôgo encanta os pacientes com canções, e quando não tem cantoria, o médico chama para dançar. O acolhimento ganhou a aprovação de quem é atendido e até de diversos internautas, que assistem os registros dos momentos de descontração publicados no perfil de Diôgo no Instagram.
“Os pacientes adoram, cantam junto. Às vezes eu não boto pra tocar, eu não canto, eu deixo a música e vou dançar com eles. Alguns nós gravamos vídeos e postamos nas redes e as pessoas gostam e comentam”.
Para o médico, unir suas duas maiores paixões, a medicina e a música, faz bem não só aos pacientes, mas para ele mesmo. “Saber que eu posso acalentar um paciente com a música, que gere lembranças para ele, que faça ele se emocionar, se abrir para mim, é sensacional. Essa união me faz bem, e quanto mais bem faz aos meus pacientes, mais satisfeito eu estou, por saber que estou agregando um valor diferente na hora de exercer a medicina”.