Com dois projetos aprovados, estudantes da Escola Estadual Rui Barbosa, de Tibau/RN, irão representar o município na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), considerado o maior evento de ciências do Brasil. O evento será em São Paulo de 18 a 22 de março.
O projeto desenvolvido por Anna Nicolly e outros dois colegas, intitulado “Larvicidal Aedes”, é finalista da feira e tem como ação formular produtos naturais a partir da folha da mamona e algas marinhas, juntamente com um sistema de purificação da água à base da semente da moringa.
Durante dois anos o projeto foi realizado pelos alunos Anna Nicolly, Antônio Lhuan e Marília Clara, recebendo reconhecimento em feiras regionais e nacionais, como o Semiárido Potiguar, INFOMATRIX/SC e evento em Belém/PA.
Após a feira de Belém, o projeto passou a ter apenas uma participante, Anna Nicolly, que concorreu à seleção da Febrace e conseguiu garantir uma vaga na final.
Tendo como objetivo eliminar as larvas do vetor Aedes Aegypti, a adolecente explica que o projeto funciona de forma natural, sem agredir a natureza. “Trata-se de um meio que inibe o desenvolvimento do vetor Aedes Aegypti de uma maneira completamente natural, sem prejudicar o meio ambiente, já que o próprio vem sendo responsável pelo alto índice de casos confirmados das arboviroses em várias regiões”, destaca.
Indo para a fase II do projeto, foi desenvolvido um protótipo que aplicará a biopastilha (um dos produtos naturais) em reservatórios de água, como piscinas ou caixas de água, em que o agente de endemias ou o próprio responsável da moradia tenha acesso direto ao funcionamento via wi-fi, voltado principalmente a cidades turistas.
Segundo a professora orientadora, Yandra Mota, após a realização de alguns testes foi comprovada a eficácia do produto. “Nesse momento, iniciamos a fase II do projeto, na qual foi desenvolvido um protótipo que aplicará o produto automaticamente na água de piscinas e caixas d’água das casas fechadas ou com moradores, com ênfase nas casas de cidades veranistas como, por exemplo, o município de Tibau”, destaca.
Anna Nicolly comenta que espera com o projeto novas experiências na área científica. “Aprimorar os meus conhecimentos acadêmicos, criando vínculos com uma educação nacional e internacional”, diz.
Projeto “Sistema Ortopédico”
Outro projeto idealizado por estudantes de Tibau foi para o desenvolvimento de uma órtese ortopédica automática. Funcionando automaticamente de acordo com a programação que é feita no arduino que envia os comandos para o servo motor.
Intitulado “Sistema Ortopédico”, a idealizadora Ana Elyza, explica que o projeto é composto por ela, Antonio Lhuan e Caio Moisés.
“Em 2022, Lhuan sofreu um acidente de carro e isso ocasionou na perda dos ligamentos nos membros inferiores, sendo necessário passar pelo processo de fisioterapia. Vendo o quanto era doloroso e difícil não só para ele, mas para outras pessoas que estavam no mesmo processo, tivemos a ideia de desenvolver uma órtese ortopédica automática e que facilitasse o processo de reabilitação desses indivíduos”, comenta
Para a estudante, desenvolver o projeto foi transformador para a equipe, “a partir de uma dor acreditamos que iremos conseguir transformar a vida de outras pessoas que sofrem com o mesmo problema”, finaliza.
Para Raquel Torquato, orientadora do projeto, o intuito da iniciativa é auxiliar pacientes que sofrem com algum tipo de lesão. Utilizando a tecnologia 3D, ela frisa que é um projeto de caráter inovador. “Esse servo motor faz o movimento da fisioterapia na perna de um paciente hipotético. No momento a gente tem um protótipo que foi impresso em 3D que também é uma coisa inovadora “, diz.