Há quem veja a maternidade como uma obrigação para todas as mulheres. Na vida da assistente social Mônica Fernandes, a ideia de ser mãe passou longe disso. Gerar e criar filhos sempre se tratou de uma escolha. Mas quando ela e o marido decidiram ser pais, encontraram uma barreira: a infertilidade.
“Desde pequena eu sempre tive um sonho muito grande de ser mãe, e casei com uma pessoa que também queria ter filhos, então nós começamos esse processo de tentativas para engravidar, porém encontramos algumas dificuldades, e assim veio a questão da infertilidade. Nós começamos a investigar e foi descoberto que eu tinha um problema de infertilidade e foi daí que nós recorremos ao tratamento de fertilização in vitro para ter a nossa primeira filha”, conta Mônica.
A assistente social estava determinada a ser mãe, não importasse como, por isso começou a fazer fertilização in vitro. Foram meses de tratamento e uma tentativa frustrada para que após oito anos ela conseguisse engravidar da primeira filha, Maria Letícia.
Na mesma época em que começou o tratamento para engravidar, Mônica e o marido também decidiram entrar no sistema para adoção. Estavam dispostos a aumentar a família, em três, ou quem sabe, quatro corações.
“Eu queria ser mãe mais de um, eu não me conformava em ser mãe de um filho só. Então, a partir dali, juntamente com o tratamento de fertilização e vitro, a gente começou também a dar entrada no processo de adoção. Em 2014, eu engravidei de Letícia e fiquei aguardando esse processo de adoção, que é moroso. Demorou, mas aconteceu”.
E se dois é bom, três é melhor ainda. Enquanto cuidava de Maria Letícia e aguardava a adoção de Maria Clara, aconteceu o que Mônica e os médicos consideravam impossível: ela engravidou. Foi assim que chegou a sua terceira Maria.
Depois de dois meses do nascimento de Maria Luísa, Mônica recebeu a ligação do sistema de adoção. Maria Clara também estava a caminho. Chegou na família aos quatro anos, a mesma idade que Maria Letícia tinha na época. No intervalo de um ano, Mônica se tornou mãe de três meninas. As três marias que ela tanto pediu à Nossa Senhora.
“Eu tive essa dificuldade de engravidar. Foram oito anos de tentativa pela gravidez. Como eu sou muito devota de Nossa Senhora, eu fiz uma promessa para ela, como mãe de Jesus, que experimentou a maternidade da forma mais divina possível. Eu prometi que se ela me desse a graça de ser mãe, se eu tivesse meninas, todas seriam Marias. E Deus foi tão providente, que até Maria Clara, que veio pela adoção, já se chamava Maria”.
Por mais que a missão de criar três filhas não seja fácil, ela não desanima. Durante as adversidades, continua escolhendo, todos os dias, ser a mãe que sempre sonhou.
“Eu costumo dizer que elas são como um grande presente de Deus. Todas três, são presentes que Deus me deu”.
Para Mônica, a maternidade é um aprendizado constante. Com cada filha e a cada nova fase, ela aprende um pouco mais a como ser mãe. E a recompensa vem em forma de amor e carinho.
“Os olhos dela são que nem dois corações. Quando eu olho para ela, eu só vejo amor. Ela me deu um lar, me deu uma família, me deu uma nova alegria, me fez sorrir”, declara Maria Clara.
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