O Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) registrou um aumento significativo no número de novos doadores no primeiro semestre de 2024, com 74.677 cadastros, 16 mil a mais que no mesmo período do ano anterior. No Rio Grande do Norte, o crescimento foi ainda mais expressivo, passando de 572 doadores em 2023 para 1.074 em 2024.
O Redome, terceiro maior registro de doadores de medula óssea do mundo, viabilizou 224 transplantes no Brasil e 46 para pacientes internacionais até junho deste ano. Em 2023, foram 369 transplantes com doadores não-aparentados, evidenciando o impacto desse gesto solidário.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância do cadastro: “Cada doador registrado pode ser a cura para muitos, ampliando o acesso a tratamentos eficazes e gratuitos pelo SUS”. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) reforça que para muitos pacientes a única alternativa é um doador não-aparentado, com maior chance de compatibilidade entre pessoas do mesmo país.
Para aqueles que desejam se cadastrar como doadores, o Redome oferece o aplicativo oficial, que facilita o pré-cadastro e o acompanhamento do processo. O cadastro é aberto para pessoas entre 18 e 35 anos, em hemocentros públicos em todo o país.
O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, celebrado no último sábado (21), reforça a importância de campanhas de conscientização que ampliam essa rede de solidariedade. “O Redome, com sua diversidade e alcance, é uma das maiores iniciativas de saúde pública do Brasil”, afirmou Danielle Oliveira, chefe do Redome.
Em 2023, o governo investiu mais de R$ 1,3 bilhão em procedimentos de transplantes e doação de órgãos pelo SUS. No primeiro semestre de 2024, já foram aplicados R$ 718 milhões, fortalecendo o Sistema Nacional de Transplantes e garantindo atendimento de qualidade a quem precisa.