Mossoró, município do interior do estado do Rio Grande do Norte, capital do Semiárido brasileiro, não registra precipitações há mais de 100 dias, com altas temperaturas se tornando uma constante nos últimos meses. Desde o início da primavera, em setembro, as médias térmicas têm se mantido elevadas, e as condições climáticas não devem mudar nas próximas semanas. Segundo Saulo Tasso, professor de climatologia, as temperaturas médias em outubro giraram em torno de 28 a 29 graus Celsius, com mínimas variando entre 22 e 23 graus e máximas alcançando até 39 graus.
Apesar do quadro de seca, a umidade relativa do ar apresentou leve melhora nas últimas semanas, embora ainda mantenha níveis baixos, o que pode ser atribuído ao aumento das temperaturas. Tasso explica que “à medida que as temperaturas aumentam, a umidade relativa tende a diminuir”, refletindo um padrão climático comum nessa época do ano.
Outro fator a ser considerado é o aumento da intensidade dos ventos na região, que podem atingir velocidades de até 40 km/h no período da tarde. Essas rajadas de vento podem trazer partículas do litoral, impactando na qualidade do ar. O último registro de chuvas em Mossoró foi no dia 7 de julho, e a previsão indica que a situação se manterá inalterada, com a expectativa de chuvas esporádicas apenas em dezembro.
Sobre as perspectivas para o próximo ano, Tasso alerta que a configuração climática atual, incluindo as condições do Oceano Pacífico, que sugere um padrão de La Niña, e as anomalias de temperatura no Atlântico Norte e Sul, precisam ser monitoradas antes de fazer previsões mais concretas. A comunidade científica continua a observar esses fenômenos para entender melhor o que pode ser esperado para a quadra chuvosa de 2025.