O IBGE divulgou nesta quinta-feira (12), os resultados preliminares do questionário da amostra do Censo Demográfico 2022, uma etapa detalhada que investiga temas como condição de ocupação dos domicílios, materiais das paredes externas, número de cômodos e densidade por dormitório. A análise abrange o Brasil, regiões, estados e, no caso do Rio Grande do Norte, os municípios com mais de 100 mil habitantes.
No país, 71,25% dos domicílios são próprios, 22,23% alugados e 5,68% cedidos ou emprestados. No Nordeste, o percentual de domicílios próprios é superior à média nacional, chegando a 75,75%, enquanto no RN essa proporção é 71,99%.
Entre os municípios potiguares analisados, São Gonçalo do Amarante se destacou, com 72,83% dos domicílios próprios, acima das médias estadual e nacional. Mossoró registrou 69,63%, enquanto Natal (63,46%) e Parnamirim (62,58%) ficaram abaixo da média.
Em relação aos domicílios alugados, Natal lidera com 31,37%, seguido de Parnamirim (32,34%) e Mossoró (24,61%). Já São Gonçalo do Amarante apresenta um percentual inferior (20,68%), abaixo da média estadual.
Os dados revelam uma queda no percentual de domicílios próprios entre 2000 e 2022. No Rio Grande do Norte, a proporção diminuiu de 78,8% para 73,8%. A redução foi mais expressiva em Parnamirim, que caiu de 80,4% para 65,0%, enquanto Natal passou de 77,9% para 65,2%.
Por outro lado, os domicílios alugados aumentaram. Em Natal, o percentual subiu de 16,4% em 2000 para 29,7% em 2022, e em Parnamirim, de 13,8% para 30,0%.
No RN, 92,76% dos domicílios têm paredes externas de alvenaria ou taipa com revestimento, acima da média nacional (87,91%). Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, Natal e Parnamirim lideram com 94,49%, enquanto Mossoró apresentou o menor índice (90,69%) e o maior percentual de paredes sem revestimento (8,61%).
Os domicílios com dois moradores adultos predominam no estado, representando 46,20%, próximo à média nacional. São Gonçalo do Amarante apresentou a maior proporção (49,25%), enquanto Natal liderou em domicílios com apenas um morador (22,34%).
Além disso, houve redução na presença de crianças e adolescentes nos domicílios. Em Natal, 65,46% não possuem moradores com menos de 14 anos, posicionando a capital como a 11ª no Brasil e a 3ª no Nordeste, atrás apenas de Salvador e Recife.
Os dados mostram que municípios menores, como Ruy Barbosa (90,83% de domicílios próprios), mantêm uma predominância de imóveis próprios, enquanto os grandes centros, como Natal e Parnamirim, apresentam altas taxas de aluguel, reflexo do crescimento urbano e das desigualdades socioeconômicas.