Nesta segunda-feira (13), Mossoró/RN comemora 95 anos de um feito histórico que marcou a cidade. Foi no dia 13 de junho, do ano de 1927, que uma verdadeira resistência formada por moradores da cidade conseguiu expulsar um bando de cangaceiros liberados por Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido por Lampião.
A data é confirmada por historiadores e pesquisadores do tema. O professor Dr. Marcílio Falcão, que escreveu sua tese de doutorado sobre o uso político dos fatos, diz que os documentos apontam nesse sentido e que o bando estava se deslocando para Limoeiro do Norte/CE, naquela ocasião.
Segundo documentos da imprensa da época, citados pelo professor, o combate do povo mossoroense aos cangaceiros ocorreu no fim da tarde de 13 de junho de 1927 e ficou conhecido como o “Batismo de Fogo de Mossoró”. Deixou um morto e um ferido, respectivamente os cangaceiros Colchete e Jararaca.
Os 95 anos dos fatos é lembrado em alguns eventos na cidade. O executivo municipal realizou uma solenidade comemorativa no Memorial da Resistência. No meio acadêmico, entre os dias 13 e 15 de junho, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) promove o XVIII Fórum do Cangaço – o batismo de fogo de Mossoró faz 95 anos e o III Encontro Saberes Históricos Uern.
Já a Câmara Municipal realizou uma sessão extraordinária com pauta única: votação do Projeto de Lei do Executivo nº 30/2022, que institui a Medalha Prefeito Rodolfo Fernandes. De acordo com a proposta, a medalha será a maior honraria do município e será concedida anualmente, no Mossoró Cidade Junina.
Rodolfo Fernandes que presidente da Intendência do Município – cargo à época era equivalente a prefeito – comandou a resistência de Mossoró ao bando de Lampião em 1927.