O Rio Grande do Norte tinha 150.621 pessoas trabalhando em outro município no ano de 2022. Isso significa que 16,16% dos potiguares que trabalhavam fora de casa se deslocavam diariamente ou pelo menos três vezes na semana entre o domicílio e o trabalho.
Com esse percentual, o estado ficou em terceiro lugar entre os estados brasileiros com maior proporção de pessoas trabalhando em um município diferente de onde moravam, atrás apenas de Sergipe (16,94%) e Pernambuco (16,85%).
Os dados são da amostra sobre Deslocamento para Trabalho e para Estudo do Censo Demográfico 2022, divulgada nessa quinta-feira (9) de forma preliminar pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em três municípios potiguares, cerca de metade das pessoas consultadas no levantamento trabalhavam fora do município de residência: Extremoz (58,28%), São Gonçalo do Amarante (57,01%) e Parnamirim (43,55%). Em 15 municípios do estado, o percentual passava dos 30%.
Em número absolutos, Parnamirim tinha 40.121 pessoas trabalhando em outro município, a maior quantidade do estado. No outro extremo, Galinhos (1,35%) liderou o ranking potiguar de municípios com menores percentuais de pessoas trabalhando em outra cidade, seguido por Tibau em segundo lugar (2,35%) e Mossoró em terceiro (2,68%).
Em Natal, apenas 4,98% dos trabalhadores se enquadravam nessa situação, o que representa 12,5 mil pessoas. A capital potiguar foi a sétima do País em maior percentual.
Municípios do RN com maior e menor percentual de pessoas com 10 anos ou mais que trabalharam fora do domicílio e em outro município – 2022:
Maiores percentuais | Menores percentuais |
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1. Extremoz – 58,28% | 167. Galinhos – 1,35% |
2. São Gonçalo do Amarante – 57,01% | 166. Tibau – 2,35% |
3. Parnamirim – 43,55% | 165. Mossoró – 2,68% |
4. Vila Flor – 38,95% | 164. Serra Negra do Norte – 2,87% |
5. Ruy Barbosa – 38,76% | 163. Baraúna – 3,38% |
6. Espírito Santo – 37,3% | 162. Rodolfo Fernandes – 3,39% |
7. Francisco Dantas – 36,71% | 161. Jucurutu – 3,78% |
8. Várzea – 36,26% | 160. Tibau do Sul – 3,95% |
9. Senador Georgino Avelino – 35,79% | 159. Jardim de Piranhas – 4,02% |
10. Encanto – 34,67% | 158. Patu – 4,33% |
Carro é favorito no deslocamento para o trabalho em outro município
A maioria dos potiguares que trabalhavam em um município diferente daquele onde moravam usavam automóvel (5,75%) no deslocamento para o trabalho principal. O ônibus foi o segundo meio de transporte mais utilizado (5,25%), seguido por motocicleta, em terceiro (3,62%). Os percentuais são em relação ao total geral.
Em Extremoz, a maioria dos trabalhadores usaram ônibus (27,10%), motocicleta (13,26) ou automóvel (12,89) no deslocamento para o trabalho em outro município. Entre os extremozenses que optaram pelo ônibus, 12,94% gastaram mais de uma hora até duas horas no deslocamento. De carro e motocicleta, o percentual de pessoas que gastaram o mesmo tempo cai para 4,21%.
Em São Gonçalo do Amarante os percentuais são semelhantes: ônibus (28,99%), motocicleta (12,82%) e automóvel (11,73) foram os principais meios de transporte no deslocamento para o trabalho em outro município, mas a maioria dos usuários de ônibus (14,71%) gastaram mais de meia hora até uma hora em tempo habitual de deslocamento. De carro e motocicleta, o percentual cai para 10,66%.
Motocicleta lidera no deslocamento para o trabalho no mesmo município de moradia
Entre os mais de 781 mil moradores do Rio Grande do Norte que trabalhavam fora de casa, mas no mesmo município da moradia, a motocicleta liderou como meio de transporte no deslocamento para o trabalho (24,65%). A quantidade passa dos 60% nos municípios de Baraúna (65,77%), Serrinha dos Pintos (64,96%) e Antônio Martins (64,04%).
No estado, a liderança da motocicleta é acompanhada pelo automóvel (19,69%), em segundo lugar. Já o deslocamento a pé foi terceiro meio mais citado (19%) pelos potiguares que trabalham no município de moradia.
Em Natal, a maioria das 239 mil pessoas que trabalhavam e moravam na cidade em 2022 usavam o automóvel (32,95%), em relação ao total geral. O ônibus era a opção de 28,81% e a pé vinha em seguida, com 13,53%. A motocicleta ficou em quarto lugar na capital potiguar (10,85%).
Já em Mossoró a motocicleta mantém a liderança. Das mais de 83 mil pessoas que moravam e trabalhavam no munícipio, 39,77% optaram por esse meio transporte, em relação ao total geral. O automóvel era a opção de 31,80% dos mossoroenses nessa mesma condição.