O Policial militar Khlisto Sanderson Ibiapino de Albuquerque, mossoroense, 34 anos, preso por se passar por médico em um hospital municipal na cidade de Paraipaba, no interior do Ceará e solto no último domingo (17), em uma audiência de custódia também atendia no Rio Grande do Norte.
Segundo nota divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde de Triunfo Potiguar, nesta quarta-feira (20) o falso profissional usava o registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) de outra pessoa e atendia em várias unidades hospitalares do RN cobrindo plantões de colegas. Esclarece ainda que óbito de um paciente ocorrido em 2021, não tem relação com o indivíduo que fingiu ser médico no Hospital Maternidade Etelvina Vieira de Melo.
“No dia do óbito do paciente em questão, o “falso médico” não se encontrava em unidade hospitalar. Ao contrário de algumas inverdades expostas em vídeos, o paciente, se submeteu sim à teste para diagnóstico de Covid-19, como consta em boletim de atendimento. Reiteramos que, fomos vítimas da má índole e caráter do indivíduo, assim como, todos os outros municípios em que este atendeu. Este passou pela unidade hospitalar cobrindo plantões de colegas”, diz a nota.
Em contato com Jornalismo TCM, Hudson Fonseca, secretário de saúde de Triunfo Potiguar, conta que o município se pronunciou sobre o caso do falso médico após vídeos e informações distorcidas expostas na mídia, responsabilizando a gestão sobre um óbito ocorrido no período em que o profissional esteve atendendo no município. “Todos os documentos solicitados para o exercício da função de médico plantonista foram apresentados. Assim como em Triunfo ele chegou a atender em vários municípios da região e ficamos surpresos em saber que tudo era falso”, explica.
Saiba mais sobre o caso
Na audiência de custódia realizada por volta das 11h deste domingo (17), o Ministério Público foi a favor da liberdade provisória do mossoroense. Na decisão, a juíza de plantão suspendeu os efeitos da prisão em flagrante e concedeu a liberdade provisória, com dispensa do pagamento de fiança. A juíza decidiu ainda que Khlisto deverá cumprir as seguintes condições, sob pena de revogação do benefício, comparecimento trimestral ao Juízo competente para informar e justificar atividades; comparecimento ao Juízo competente em todos os atos do processo ou sempre que for chamado, ou em caso de impossibilidade, a justificação prévia da ausência; obrigação de comunicar ao Juízo competente, previamente, as alterações de endereço. Khlisto é soldado da Polícia Militar do Ceará e também responde judicialmente por violência doméstica na Comarca de Fortaleza, em 2020, por suspeita de agredir uma mulher na cidade de Mossoró/RN.
Já a Polícia Militar informou que Khlisto está afastado das atividades na corporação por meio de licença para tratamento de saúde. “Atualmente, encontra-se na situação de agregado por, há mais de um ano, estar nessa condição. A PMCE está produzindo relatório para abertura de procedimento disciplinar junto à Controladoria Geral de Disciplina (CGD)”, complementou a instituição.
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