Nesta semana foi divulgado o resultado do ENEM e para alguns candidatos ao Ensino Superior a pontuação obtida não foi como esperada. Em situações em que o desfecho não sai como gostaria, o sentimento que surge é de tristeza, frustração, decepção; já os pensamentos experimentados podem ser de incapacidade, de insuficiência, de dúvida quanto à carreira escolhida: “Eu nunca vou passar no curso que quero”, “eu estudo, estudo e não consigo”, “não adianta estudar mais, pois não vou conseguir mesmo”.
Sendo assim, como lidar com esses resultados e conseguir manter um equilíbrio emocional? Primeiramente, frustrar-se diante de resultados que não correspondem às expectativas é natural. Daí, algo a ser pontuado: quando geramos expectativas nunca pensamos sobre as diversas variáveis que podem interferir no resultado. Portanto, dificilmente um resultado vai sair exatamente como planejado.
Segundo, a melhor maneira de lidar com a frustração é aceitar que nem tudo está sob seu controle e que somos todos passíveis de erros ao longo da vida. Também é comum comparar-se com os outros ou tentar se encaixar nas expectativas criadas sobre nós por terceiros. O problema disso é que cada pessoa tem suas experiências, recursos e possibilidades, o que torna qualquer tipo de comparação injusta e maléfica.
Todo e qualquer processo de formação do indivíduo envolve experiências negativas e isso é fundamental para a formação de caráter e amadurecimento. Apesar de difíceis, essas vivências devem ser encaradas como oportunidade de crescimento.
Sobre o poder errar, nem sempre serão feitas as melhores e acertadas escolhas e está tudo bem! Precisamos ser flexíveis, sabendo que podemos recomeçar, realinhar a rota e fazer os ajustes necessários para seguir adiante.
Entre tantos objetivos e metas traçados ao longo da vida, para se alcançar êxito é preciso dedicação e renúncias temporárias, sempre reconhecendo os próprios pontos fracos e fortes. Isso torna o processo mais realista e, por conseguinte, resultados mais próximos das suas possibilidades.
E se não foi dessa vez, seja gentil consigo mesmo. Não desista, persista!
Leilane Andrade
Psicóloga e Jornalista
CRP 17/6253
@leilaneandpsicologa