Hoje, 16 de fevereiro, é Dia do Repórter. Lembro bem, há quase 25 anos (maio de 1998), toda a ansiedade para reportar minha primeira notícia. O nervosismo na tentativa de encontrar a palavra certa para me fazer entender. Um garoto com um microfone na mão e uma centena de sonhos no coração. Lá se vão mais de duas décadas e continuo buscando a melhor maneira de dizer. Talvez seja esse o maior desafio. Não só dos repórteres, mas de todo e qualquer sujeito. A palavra muitas vezes não é suficiente para expressar um sentimento. Para definir o tamanho de uma alegria ou de uma dor. A palavra dita não volta mais. Assim como tudo o que ela provoca. Escolha bem o que vai dizer.
A palavra é carícia e tortura,
abismo e rocha segura.
É caminho no seu caminhar.
A palavra é farol pro perdido,
É pão pro mendigo.
É a onda do mar.
A palavra desperta o sentido
Resgata o sofrido,
E quem mais se arriscar.
A palavra é arma sem porte,
Nem todos têm sorte
De saber usar.