Um, dois, três… Vinte relógios inspirados em modelos antigos – todos feitos pelas mãos do marceneiro José Rufino, de 69 anos. Os objetos enfeitam a casa onde mora o aposentado. Mas a conta alcança pelo menos umas cinco dezenas de relógios fabricados por ele. Um afeto que surgiu por acaso e que segue cultivado.
“Eu frequentava a oficina de um amigo que era relojoeiro e comecei a me interessar por relógios. Depois comecei a fabricar. O ano era 95”, relembra Rufino.
São obras de artes esculpidas e colocadas na parede. Alguns são considerados relíquias, como o relógio número um da coleção do marceneiro que guarda uma máquina original do século XVIII.
“Foi o primeiro relógio que eu construí; é especial por isso. O designer da moldura é meu, mas a máquina é de janeiro de 1808”, conta o aposentado.
Há 28 anos ele se dedica ao ofício. De lá para cá não parou mais. A cada novo projeto, quando as encomendas chegam, a criatividade ajuda a “prender” o tempo.
Para Rufino, parece que o tempo está congelado sempre em 24h. Quando questionado sobre o que os relógios representam na sua vida, ele responde com risadas: “Representa tudo!”.
Você precisa fazer login para comentar.