Adversários do próximo domingo (26), pela quarta rodada do Campeonato Estadual, Baraúnas e Potiguar se uniram nessa quarta-feira (22), na AFASAM, sede do Baraúnas, para uma coletiva em conjunto sobre o atual momento dos clubes e do futebol local.
Na mesa, o presidente do Baraúnas, Lima Neto, o vice-presidente do Potiguar, Djalma Júnior, e representantes da Liga Desportiva Mossoroense (LDM) relataram as dificuldades enfrentadas desde a interdição do Estádio Manoel Leonardo Nogueira, o Nogueirão, em fevereiro de 2024, e o futuro incerto sem a praça esportiva.
Desde o fato, os clubes vêm mandando seus jogos em outras cidades, como Assú e até Natal. No entanto, segundo eles, essa conta não fecha. De acordo com Djalma, a ida para Assú após a interdição gerou um prejuízo de aproximadamente R$ 150 mil ao alvirrubro. A realização do clássico Potiba fora de Mossoró neste ano também terá impacto para os cofres.
“No ano passado, o Potiguar pagou quase uma folha salarial do elenco com o Potiba realizado no Nogueirão. Agora, em Natal, não teremos essa receita”, enfatizou.
Da mesma forma, no Baraúnas, as adversidades enfrentadas têm sido as mesmas. Lima Neto afirma que os clubes chegaram a propor uma alternativa ao município, logo após o incidente com o Nogueirão, porém, o principal entrave, desde então, tem sido a falta de diálogo por parte da Prefeitura.
“Quando nós vimos que não haveria manutenção ou reforma para o campeonato deste ano, nos reunimos com o jurídico e propomos um termo de cessão dos direitos do estádio para cada clube. Naquele momento, o estádio precisava de algumas intervenções, mas o gramado ainda estava bom. No entanto, desde abril do ano passado, nunca obtivemos retorno algum”, afirmou.
Após a interdição do Nogueirão, a Prefeitura de Mossoró lançou um plano de necessidades para um novo estádio. A proposta do município era construir uma nova praça esportiva a partir da permuta do local onde atualmente está construído o Nogueirão. Na ocasião, Potiguar e Baraúnas foram ouvidos sobre as sugestões para o projeto. Segundo os dirigentes, desde então, nada saiu do papel.
“Teria sido histórico, se tivesse sido concretizado. Há mais de um ano essa história está sendo contada e não saiu nada do papel”, afirmou Djalma.
Lima Neto também ressaltou a falta de diálogo com a gestão municipal e questionou o interesse do ente público pelo futebol local.
“O que se mostra é um descompromisso com o futebol profissional”, concluiu.
Sobre o questionamento dos clubes e as perspectivas sobre o Estádio Nogueirão, o Jornalismo TCM entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Mossoró, que se posicionou por meio de nota. Confira:
“A Prefeitura de Mossoró informa que a construção de um estádio (arena esportiva) na cidade é prioridade da gestão municipal. Destaca que os editais de licitação para construção da arena estão em fase de confecção pelas equipes técnicas.
Importante lembrar também que o plano de necessidades para construção do novo estádio foi elaborado a partir de reuniões das secretarias de projetos, esportes e com participação, inclusive, dos presidentes dos clubes de Mossoró Baraúnas e Potiguar, além de ser realizada consulta pública on-line.
A Prefeitura reforça o compromisso com a construção da arena esportiva para uso dos clubes de futebol e de outras modalidades de esporte.“