Comemorado em 14 de novembro, o Dia Mundial da Diabetes homenageia a data de aniversário de Sir Frederick Banting – descobridor da insulina juntamente com Charles Best. Por todos os lugares, ações são realizadas neste dia.
A mossoroense Marilene Paiva, de 58 anos, descobriu a diabetes quando estava grávida do filho que hoje tem 30. Ela convive com a doença há 28 anos. “Eu tive diabetes gestacional, mas sempre fui pré-diabética, porque os meus avós eram – e a herança genética vem nem dos pais, é tudo dos avós”, ela explica. A diabetes de Marilene é do tipo 2.
A campanha de conscientização sobre a doença acontece desde 1991, organizada pela International Diabetes Federation com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Marilene tem altos e baixos. Ela fez uma cirurgia bariátrica no passado e, como o próprio médico disse na época, não existe cura, apenas remissão para a doença. “Eu fiquei remida por dez anos, e depois voltei a ganhar peso e sobrepeso. Voltei a tomar todos os remédios, inclusive a tomar as insulinas”. Atualmente, toma dois tipos: Tresiba e Novorapid.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional.
Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz ou não consegue aproveitar adequadamente a insulina – hormônio produzido pelo pâncreas responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. É caracterizada por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.
Marilene também conta que não possui disciplina e tem vários picos glicêmicos. “Sou consciente desse perigo, mas por outro lado também não sou uma pessoa disciplinada. Eu digo até que sou irresponsável com minha própria vida, porque o diabético tem que saber que a diabetes potencializa qualquer doença. Qualquer doença, por mais simples que seja… Um calo no dedo pode causar uma amputação, entendeu?”, ela diz.
TIPOS DE DIABETES MAIS COMUNS
Tipo 1: O pâncreas não produz ou produz muito pouca insulina. Pode afetar pessoas de qualquer idade, mas geralmente se desenvolve em crianças ou adultos jovens que precisam de injeções diárias de insulina para controlar os níveis de glicose no sangue.
Tipo 2: É o mais comum e acontece em cerca de 90% dos casos. Há constante produção de insulina e gera incapacidade de absorção pelas células musculares e adiposas que não conseguem metabolizar a glicose no sangue, resultando em “resistência à insulina”. Os sintomas podem ser leves ou ausentes, de modo que as pessoas podem viver vários anos com a doença antes de serem diagnosticadas.
Diabetes gestacional (DG): Durante a gravidez, a placenta produz hormônios que podem interferir na capacidade do corpo de usar a insulina de maneira eficaz. Isso é conhecido como resistência à insulina, uma parte normal da gravidez. Mas em algumas mulheres a resistência à insulina se torna elevada e leva à diabetes gestacional. A DG pode afetar a saúde da mãe e do bebê com possíveis consequências A longo prazo.
COMPLICAÇÕES E PREVENÇÃO
Altas taxas de açúcar no sangue, por tempo prolongado, podem causar sérios danos: cegueira, insuficiência renal, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e amputação de membros inferiores. A melhor forma de prevenir a diabetes é praticando atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável e evitar o consumo de álcool, tabaco e outras drogas.
“A diabetes é uma doença extremamente perigosa e silenciosa”, finaliza Marilene.
Com informações da Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde.