A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) concluiu, nesta sexta-feira (24), uma análise das condições de chuvas e previsões climáticas para os próximos meses no estado. Segundo a Unidade Instrumental de Meteorologia da Emparn, as regiões Leste e Agreste do Rio Grande do Norte podem esperar chuvas variando entre normal a acima da média histórica para junho, julho e agosto de 2024.
Para as regiões Central e Oeste, que começam a enfrentar o período de estiagem, as chuvas devem ocorrer em índices próximos à normalidade, com a possibilidade de pancadas significativas em alguns momentos. De acordo com o meteorologista Gilmar Bristot, as condições oceânicas e da circulação atmosférica são determinantes para essas previsões. No oceano Atlântico, as águas superficiais na bacia tropical continuam mais quentes que o normal, favorecendo a ocorrência de chuvas moderadas a fortes em toda a faixa litorânea do Nordeste, desde o sul da Bahia até o litoral norte do Rio Grande do Norte.
As temperaturas continuarão acima do normal, com máximas variando de 29°C a 31°C e mínimas entre 20°C e 24°C no litoral. No interior do estado, a temperatura máxima deve variar entre 33°C e 35°C e a mínima entre 18°C e 22°C nas regiões serranas.
Em relação a maio, as chuvas observadas até o momento apresentaram valores abaixo do normal devido principalmente à presença de um bloqueio atmosférico que se instalou durante grande parte do mês sobre a parte central da América do Sul. Esse bloqueio impediu a passagem de sistemas frontais e forçou o deslocamento da Zona de Convergência Intertropical para o norte, reduzindo as instabilidades sobre a região. Alguns eventos com chuvas fortes foram observados nas regiões do Oeste, em Campo Grande, e no Litoral Leste, incluindo a Grande Natal. As regiões Central e Agreste registraram chuvas abaixo do esperado para o período até 24 de maio, com déficits de 29,4% e 31,5%, respectivamente.
A previsão da Emparn indica um cenário positivo para os próximos meses, especialmente para as regiões Leste e Agreste, que podem se beneficiar de chuvas significativas, contribuindo para a agricultura e o abastecimento de água na região.