A governadora Fátima Bezerra (PT) se reunirá nesta sexta-feira (1º) com representantes das entidades do setor produtivo para tratar dos impactos do tarifaço decretado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a pauta de exportações do Rio Grande do Norte.
O início da taxação de 50% sobre os produtos brasileiros estava previsto para hoje (01), mas foi adiado para o dia 6 de agosto, após a assinatura do decreto na quarta-feira (30).
Nessa quinta-feira (31), a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (SEDEC) emitiu uma nota técnica avaliando os impactos comerciais das novas tarifas.
O documento informa que, dos cerca de 47 produtos exportados para os EUA, apenas dois ficaram isentos da sobretaxa: castanha de caju e óleos combustíveis. De acordo com o novo decreto norte-americano, aproximadamente 48,1% do volume financeiro das exportações potiguares para o mercado dos Estados Unidos será impactado pela tarifa adicional de 50%.
Segundo a SEDEC, entre janeiro e junho de 2025, o Rio Grande do Norte exportou um total de US$ 67,1 milhões para o mercado norte-americano, com destaque para os seguintes produtos:
- Óleo combustível: US$ 23,9 milhões
- Outros produtos de origem animal, impróprios para alimentação humana: US$ 10,3 milhões
- Albacoras-bandolim frescos: US$ 4,7 milhões
- Caramelos e confeitos: US$ 4,1 milhões
- Sal marinho: US$ 3,3 milhões
- Albacoras/atuns: US$ 3,2 milhões
- Outros granitos: US$ 2,6 milhões
- Outros açúcares de cana: US$ 2,1 milhões
- Outros peixes congelados: US$ 2 milhões
- Castanha de caju: US$ 1,9 milhão
Ao final da nota técnica, o Governo do Estado afirma que adotará todas as medidas cabíveis, em articulação com o Governo Federal, para dar continuidade às negociações diplomáticas e institucionais, com o objetivo de mitigar os efeitos da medida e preservar a competitividade das exportações potiguares.