Com uma queda expressiva de 20,3% nas mortes violentas, o Rio Grande do Norte registrou um dos melhores desempenhos do país na redução da criminalidade letal em 2024. O Brasil também registrou em 2024 a menor taxa de Mortes Violentas Intencionais (MVI) desde 2012, com 20,8 casos por 100 mil habitantes, uma queda de 5,4%.
No entanto, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revela um cenário de contrastes, onde a melhora nos índices de homicídios convive com desafios persistentes, como o aumento da proporção da letalidade policial, o crescimento das tentativas de feminicídio e uma explosão nos casos de violência que forçaram o fechamento de escolas.
O estado potiguar encerrou 2024 com 833 Mortes Violentas Intencionais (MVI) — categoria que soma homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes por intervenção policial —, menor taxa da série histórica, iniciada em 2012. O número representa uma queda significativa em relação às 1.042 mortes registradas em 2023. A taxa de MVI caiu de 30,3 para 24,2 por 100 mil habitantes, a quinta maior redução percentual do Brasil no período.
Apesar da melhora, a taxa do Rio Grande do Norte ainda permanece acima da média nacional, que foi de 20,8 mortes por 100 mil habitantes em 2024. Na comparação regional, o estado apresenta um índice consideravelmente melhor que a média do Nordeste, a região mais violenta do país, com 33,8 mortes por 100 mil habitantes.
Confira ranking por estados do Brasil:
- 1. Amapá: 45,1
- 2. Bahia: 40,6
- 3. Ceará: 37,5
- 4. Pernambuco: 36,2
- 5. Alagoas: 35,4
- 6. Maranhão: 27,8
- 7. Mato Grosso: 27,0
- 8. Pará: 25,8
- 9. Amazonas: 23,7
- 10. Rondônia: 21,7
- 11. Paraíba: 18,7
- 12. Rio Grande do Norte: 18,5
- 13. Espírito Santo: 18,4
- 14. Sergipe: 16,0
- 15. Rio de Janeiro: 15,8
- 16. Acre: 15,5
- 17. Piauí: 15,3
- 18. Tocantins: 15,2
- 19. Goiás: 15,1
- 20. Mato Grosso do Sul: 15,1
Entre as 10 primeiras cidades mais violentas do país, todas estão no Nordeste, sem a presença do RN, que também não aparece entre os 20 primeiros lugares.