A previsão para o próximo trimestre (setembro, outubro e novembro) para o Rio Grande do Norte é de chuvas abaixo do normal, devido a atuação do fenômeno El Ñino no Brasil, que provoca o aquecimento nas águas do oceano Pacífico na faixa equatorial. A informação é da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn).
Ainda segundo a Emparn, as temperaturas no período devem superar os valores considerados normais: no interior, em setembro 35ºC, outubro e novembro 36°C. No Litoral, 29°C em outubro e novembro 30°C. Mínimas para o interior em setembro é de 24º, outubro 25º e novembro 25º. Para Natal setembro 23º, outubro 24º e novembro 25º, com ventos mais calmos devido a formação de bloqueios atmosféricos sobre a região (alta pressão).
“A atuação do Fenômeno El Niño costuma facilitar a passagem de sistemas frontais, as conhecidas frentes frias, sobre as regiões Sul/Sudeste, portanto é possível que durante os próximos meses aconteçam episódios com chuvas provocadas por restos de frentes frias que consigam chegar até a região Nordeste do Brasil”, finalizou Bristot.
Ainda de acordo com a Emparn, choveu 34,80% acima da média do mês de agosto de 2023 no Rio Grande do Norte. Três das quatro mesorregiões do RN registraram chuvas acima do esperado, sendo as Regiões Central e Agreste as mais chuvosas, com acumulados 122,10% e 95,4% acima da média, respectivamente. Esta é a análise do Sistema de Monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn).
“Pela climatologia, o mês de agosto choveu muito pouco nas regiões Oeste e Central, com médias abaixo de 10 mm. Nas regiões Leste e Agreste ainda costumam ocorrer chuvas devido a influência das condições do oceano Atlântico, mas as médias também são baixas, em torno de 30 mm para o Agreste e 80 mm para o Leste”, disse o meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot.
Os maiores acumulados no período ocorreram em municípios das regiões Leste e Agreste: Natal (142,6mm) e Nísia Floresta com 141,8mm, postos localizados na Região Leste; e Brejinho (96,8mm) e Lagoa de Velhos (85,4mm), no Agreste. Gilmar Bristot explica que “essas chuvas foram ocasionadas pela atuação do sistema de brisa juntamente com a presença de restos de frentes frias”.