Diante dos dados e do crescimento em todo o país da doença, a Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap/RN) emitiu duas notas de alerta sobre o risco de casos de Monkeypox (varíola dos macacos), com intuito de reforçar as medidas de vigilância e monitoramento de casos suspeitos com notificação imediata.
Uma das notas orienta que todos os casos suspeitos de monkeypox no RN, deverão ser notificados de forma imediata, em até 24 horas, preferencialmente no Formulário de notificação com cópia para o CIEVS Estadual, por se tratar de uma doença de notificação imediata.
A segunda nota orientativa da Sesap é voltada para empregadores e trabalhadores da rede de hotéis e de motéis, com relação às formas de transmissão da Monkeypox. Entre as instruções, a Sesap recomenda identificar os locais e atividades com maiores possibilidades de exposição e transmissão do vírus causador da varíola, capacitar os trabalhadores da rede de hotéis e motéis quanto às medidas de prevenção a serem adotadas para diminuição dos casos da doença, além de instruir a adoção de procedimentos de prevenção adotados deverão ser aplicados também aos fornecedores e prestadores de serviço, e o cuidado com o manuseio de objetos, toalhas, roupas de cama e pessoal utilizados pelos hóspedes, que possam conter material da lesão da doença.
“A Vigilância em Saúde está em alerta para o crescimento dos casos em todo o país e no mundo. É importante destacar que o aparecimento de qualquer sintoma característico da doença, a população deve procurar uma unidade básica mais próxima de sua residência e garantir o diagnóstico precoce e oportuno para que não tenhamos surtos da doença no Estado do Rio Grande do Norte”, explica Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da SESAP.
SOBRE A MONKEYPOX
A transmissão da varíola para humanos pode ocorrer através do contato com um animal ou humano infectado, ou com material corporal humano contendo o vírus. A contaminação entre humanos ocorre principalmente através de grandes gotículas respiratória, por um contato pessoal prolongado. O vírus também pode infectar as pessoas através de fluidos corporais, ou seja, com o contato com a lesão ou contato indireto com o material da lesão.
O período de incubação da varíola dos macacos pode variar de 5 a 21 dias. O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias com sintomas que incluem febre, dor de cabeça intensa, linfadenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos), dor nas costas, mialgia (dor muscular) e astenia intensa (falta de energia).
O estágio febril é seguido pelo estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas. As lesões evoluem de máculas (lesões com base plana) para pápulas (lesões dolorosas firmes elevadas).
No Rio Grande do Norte foram notificados 21 casos, sendo dois (10%) confirmados, sete (33%) descartados, cinco (24%) em investigação, três (14%) sem critérios e quatro (19%) suspeitos.