O Auto da Liberdade 2025 será dirigido e assinado dramaturgicamente por Plínio Sá, que assume a missão de renovar o espetáculo sem perder de vista a memória cultural de Mossoró. Este ano, a principal novidade será a utilização do prédio da Estação das Artes como cenário, transformando o espaço em parte da narrativa.
A montagem conta com uma equipe renovada na linha de frente. Luiza Gurgel e Madson Ney estreiam como assistentes de direção, enquanto Carol Oliveira assina a coreografia pela primeira vez. O trabalho também traz a contribuição de uma consultoria histórica formada por Aryana Costa, João Paulo de Souza e Pedro Henrique da Silva Pereira, que acrescentou novos personagens, relatos inéditos e revisões importantes nos atos já tradicionais do espetáculo.
Plínio Sá destacou ainda a valorização de artistas formados na Escola de Artes de Mossoró, que terão a primeira oportunidade de participar de uma encenação dessa dimensão. O elenco também reunirá nomes que retornam ao Auto após anos de ausência, além de grupos locais e uma ação inédita de inclusão, com a participação de pessoas atípicas.
A sinopse traz Mossoró como personagem central, uma passageira que viaja pela “Estação do Tempo” e revisita episódios como o Motim das Mulheres (1875), a Resistência ao bando de Lampião (1927), o primeiro voto feminino na América Latina (1927) e a Abolição da Escravatura em 1883, marco histórico da cidade.
O texto original é de Crispiniano Neto, com direção, dramaturgia e textos adicionais de Plínio Sá. A produção é da Prefeitura de Mossoró, com execução da Atuá Produções.
O Auto da Liberdade acontece de 27 a 29 de setembro, precedendo o feriado de 30 de setembro em alusão à Abolição da Escravatura em Mossoró, reafirmando sua relevância como um dos maiores espetáculos de teatro ao ar livre do país.
