O Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esta semana, revela que 5% da população de Mossoró reside em favelas e comunidades urbanas, totalizando 13.666 pessoas distribuídas por 12 favelas. A cidade ocupa o segundo lugar no Rio Grande do Norte, atrás apenas de Natal, que lidera o ranking estadual.
Entre as principais favelas de Mossoró, a Beira-Rio é a maior, com mais de 2.600 habitantes, seguida por Barrocas, com quase 2.000, e Pirrichil, com 1.600 moradores. Essas comunidades, caracterizadas pela insegurança jurídica de posse e a falta de infraestrutura básica, estão situadas em áreas de risco ou com restrição de uso do solo. Além disso, outras comunidades como Alameda, Ilha de Santa Luzia, Paredões e Forno Velho também fazem parte dessa realidade.
Hidelbrando Mota, técnico do IBGE, explica que as favelas refletem a busca das pessoas pelo direito à habitação, um direito constitucional. Ele destaca que as características de uma favela incluem a insegurança jurídica, a falta de serviços públicos adequados como saneamento e iluminação, e construções fora dos padrões urbanísticos.
O Censo também aponta uma predominância de mulheres (52,3%) e uma população mais jovem nessas comunidades. O índice de envelhecimento nas favelas é significativamente menor do que nas áreas não-faveladas, evidenciando uma população mais jovem e com menos idosos. Este dado pode estar relacionado a fatores como violência urbana e dificuldades de acesso a serviços públicos.
Entre as favelas de Mossoró estão Beira-Rio, Alameda, Pirrichil, Ilha de Santa Luzia, Paredões, Barrocas, Santa Elena, Wilson Rosado, Resistência, Abolição 4, Favela do Fio e Forno Velho.
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