Maria Eduarda, estudante do terceiro ano do ensino médio de uma escola pública, transformou sua experiência pessoal com escoliose em um projeto inovador que promete facilitar o tratamento da condição. Diagnosticada com escoliose desde cedo, Maria Eduarda enfrentou tratamentos caros, incluindo o uso de coletes ortopédicos. Determinada a encontrar uma solução mais acessível, ela desenvolveu um protótipo de colete sustentável.
“A inquietação surgiu através do meu diagnóstico de escoliose e das minhas vivências, como dores e incômodos físicos e psicológicos. A ideia foi desenvolver um colete ortopédico com material sustentável e acessível,” explicou Maria Eduarda.
Com o apoio do professor Flávio Júnior, que destaca a importância das feiras de ciências e da iniciação científica, Maria Eduarda aproveitou as oportunidades oferecidas pela escola. “Nossa escola tem um foco na iniciação científica, e as feiras de ciências abrem portas para os alunos. Esse projeto é parte dessa nova visão de educação,” comentou o professor.
O colete desenvolvido por Maria Eduarda utiliza polietileno de alta densidade (PAD), um termoplástico encontrado em embalagens de produtos de limpeza e higiene pessoal. Este material é acessível e muitas vezes descartado de forma inadequada, tornando-o uma escolha sustentável.
“A ideia do colete é baratear o processo de confecção, permitindo que pessoas sem acesso atualmente possam utilizá-lo, caso haja necessidade e indicação,” disse Mônica Cynthia, fisioterapeuta. A escoliose, um desvio lateral na coluna, afeta entre 2 a 4% da população brasileira, cerca de 6 milhões de pessoas. O diagnóstico precoce é crucial para o tratamento eficaz.
O protótipo de Maria Eduarda, além de ser ecológico, tem o potencial de transformar vidas se financiado. Agora, a estudante se prepara para apresentar seu projeto em uma feira de ciências no Paraguai. Para isso, uma vaquinha online está sendo realizada para custear a viagem. As doações podem ser feitas pelo endereço thiagopereiradacruz@gmail.com.
“Pretendo que o projeto chegue a mais pessoas e conscientizar a população sobre a importância de falar sobre escoliose. É fundamental ajudar no tratamento e torná-lo acessível para todos,” concluiu Maria Eduarda.