Com informações do IGARN
O Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (IGARN) realizou uma vistoria técnica no Rio Apodi-Mossoró como parte da 26ª campanha do Programa Qualiágua, voltado para a divulgação de dados sobre a qualidade da água.
A equipe de monitoramento coletou amostras em pontos georreferenciados ao longo do rio para análises laboratoriais e avaliação de parâmetros físicos, físico-químicos e microbiológicos, após o registro de uma mortandade de peixes na região, no início de dezembro. Na ocasião, diversos moradores do bairro Barrocas denunciaram o acúmulo de peixes mortos e o mau cheiro em um trecho da barragem Açude de Baixo, no Rio Mossoró.
Relembre: Peixes mortos em barragem causam transtorno no bairro Barrocas
“As análises mostraram uma queda significativa nos níveis de oxigênio dissolvido no ponto P2 (jusante), afetando o ecossistema aquático e as comunidades que dependem da água. Além disso, as concentrações de fósforo e a demanda bioquímica de oxigênio (DBO5) ultrapassaram os limites permitidos pela Resolução CONAMA 357/2005, indicando excesso de poluição“, diz a publicação do IGARN.
Durante a vistoria, a equipe observou a presença de esgotos domésticos nas margens do rio e a criação de animais de médio porte, como porcos, que contribuem para a degradação da qualidade da água. Segundo o instituto, essas condições favorecem o crescimento excessivo de plantas aquáticas, que dificultam a penetração da luz solar e reduzem ainda mais a concentração de oxigênio dissolvido, agravando a situação de poluição.
Ainda de acordo com o IGARN, “a correlação entre os poluentes identificados e o episódio de mortandade de peixes foi clara, refletindo os efeitos de múltiplos fatores que comprometem a qualidade da água e afetam diretamente o equilíbrio ecológico do rio“.