Há quatro anos, o fotógrafo mossoroense Raul Pereira trocou Mossoró pela cidade de Orlando, capital do estado da Flórida, nos Estados Unidos. Inicialmente, a viagem sem volta não estava nos planos do fotógrafo de 59 anos. A ideia era retornar à Mossoró e trazer os familiares. Porém, 15 dias após sua chegada no país, veio a pandemia do coronavírus, o que o obrigou a prolongar a sua estadia em território americano.
Após superar o furacão que foi o vírus, o brasileiro conseguiu se adaptar à rotina do país e hoje atua em outro ramo, com pinturas. O ofício, inclusive, foi uma forma de ‘desestressar’ da velha rotina, segundo ele. Ele só não imaginava que um novo “furacão” fosse surgir, literalmente, no seu caminho.
Com a iminente chegada do Furacão Milton à costa da Flórida, o que deve acontecer à meia-noite desta quinta-feira (10), no horário de Brasília, o mossoroense precisou sair às pressas da sua residência e buscar refúgio. Através de um amigo, ele conseguiu um abrigo no estado vizinho da Carolina do Norte. Foram 12h30 de uma longa viagem para escapar do perigo.
“Parecia um cenário de filme, com uma fila enorme de carros”, relatou, sobre o momento em que deixou o estado.
No momento desta reportagem, ele estava são e salvo, mas preocupado com o que virá pela frente: ” Espero reencontrar a minha casa”, afirmou. Segundo ele, a residência é rodeada de árvores.
Enquanto isso, em Mossoró, o contato com a família tem sido constante. “Minha esposa mal dormiu”, relatou.
Por enquanto, o que resta é torcer para que esse pesadelo chegue ao fim. A sua maior expectativa é o reencontro com os familiares, o que deve acontecer em um futuro breve.
“Em janeiro, eles estarão aqui comigo, se Deus quiser”, concluiu.
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