Na casa de dona Benedita Silva, no Bairro Abolição III, em Mossoró, a fogueira junina é uma tradição familiar. Viúva há quatros anos, ela recorda que o marido era o responsável por montar a fogueira. “Todo ano ele montava, era uma alegria só. Hoje é o meu filho quem faz”, conta.
Enquanto isso, em algumas famílias a tradição não é a mesma. Na casa de Alexandre Fonseca, já não se faz mais fogueiras, mas ele recorda que a avó sempre foi a responsável, “ela adorava fazer fogueira, não fez esse ano por ter quebrado o braço. Mas, com certeza, daqui pro fim do mês, ela vai fazer as outras duas que faltam”, afirma.
Ele ainda ressalta que as fogueiras trazem um sentimento de nostalgia, relembrando a infância. “Na noite de ontem [segunda-feira, 12 de junho], quando vi algumas fogueiras na vizinhança bateu uma saudade, lembrei de momentos na infância, quando brincava com os amigos”.
A primeira fogueira foi em homenagem a Santo Antônio, dia 12, véspera do santo casamenteiro. Ao longo do mês de junho terão mais duas fogueiras. A segunda em homenagem a São João, dia 23, e a última em homenagem a São Pedro, dia 28.