O dono de um bar na cidade de Riacho da Cruz, interior do Rio Grande do Norte, foi preso após promover uma rifa que teria como prêmio uma grade de cerveja e uma mulher. O caso foi registrado nessa quarta-feira (01).
O Subtenente Gilton Cavalcante, policial do município, conta que além do bar, o local funcionava como uma casa de prostituição. De acordo com ele, a história repercutiu após a divulgação de um áudio do dono do estabelecimento, um homem de 63 anos natural de Olho D’água dos Borges/RN.
No áudio o homem fala que está vendendo as cartelas no valor de R$ 30 para o sorteio que aconteceria no próximo sábado, dia 04. O vencedor ganharia como prêmio uma grade de cerveja e um dia com uma das mulheres que frequenta o espaço.
Ao tomar conhecimento do caso, o subtenente passou pelo bar durante uma ronda. No local, ele foi abordado pelo comerciante que pedia a liberação da polícia para realizar a rifa. “Ele saiu dizendo que tinha vindo da unidade militar à minha procura, para que eu desse um alvará para que fizesse o sorteio”, conta Gilton Cavalcante. Ao confirmar a veracidade do sorteio, o Subtenente informou ao homem que o caso se tratava de um crime.
Logo a Polícia Civil tomou conhecimento da situação, e juntamente com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Pau dos Ferros/RN, realizou diligências no local. “A gente constatou que tinham clientes na área que era aberta ao bar e garotas de programa estavam oferecendo serviços sexuais deixando uma parte do lucro para o dono do estabelecimento. Diante das evidências, a gente conduziu todo mundo, no caso as mulheres como vítimas e ele como suposto autor do crime de manter casa de prostituição para a delegacia”, explica o delegado Carlos Michel.
De acordo com o delegado, o homem foi preso e vai responder por manter uma casa de prostituição, além do crime de favorecimento à exploração sexual. Ele fica à disposição da justiça e deve passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (03).
Ainda segunda a Polícia Civil, após as investigações serem concluídas, será enviado um inquérito para o Ministério Público, para oferecer denúncia.