A Polícia Civil de Patu/RN prendeu nesta segunda-feira (15) um homem identificado como Matheus Fernandes Alves, 27 anos. Os policiais cumpriram um mandado de prisão preventiva. O homem, detido na cidade de Caucaia/CE é investigado pela suspeita da praticar crime de extorsão, na cidade de Patu, via Instagram, no mês de março deste ano.
De acordo com a polícia, Matheus recorreu a um aplicativo pirata para encontrar aleatoriamente as suas vítimas e, após isso, passava a extorqui-las por meio das redes sociais.
O suspeito contactava a vítima se passando por um “hacker”, que se dizia contratado por um terceiro para resgatar os arquivos dela e, posteriormente, expor fotos pessoais de caráter íntimo, caso a vítima não realizasse uma chamada de vídeo. Com a investigação da 71ª DP, conseguiu-se chegar à autoria do delito, motivo pelo qual foi expedido mandado de prisão em desfavor dele.
O mandado foi expedido pela Vara Única da Comarca de Patu, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). Matheus Fernandes já se encontrava preso no estado do Ceará em razão de ter praticado condutas semelhantes naquele estado. Ainda de acordo com as investigações, ficou constatado que ele cometeu esse crime contra mais de três mil vítimas em todo o Brasil.
Prisão no Ceará em Abril
O técnico de informática Matheus Alves, chegou a ser preso no Ceará em abril deste ano. Ele era suspeito de extorquir pelo menos 400 mulheres pela Internet, e ter criado 31 contas no aplicativo WhatsApp, segundo a Polícia Civil do Ceará (PC-CE). Segundo as investigações da polícia cearense, os crimes eram cometidos por diferentes redes sociais, com centenas de vítimas. Ele ameaçava divulgar imagens íntimas das mulheres. Uma das vítimas em Fortaleza chegou a pagar mensalidade de R$ 200 ao criminoso durante um ano.
Segundo um investigador da polícia cearense, “Matheus tinha uma expertise para se esconder na Internet e para dificultar a identificação dele. Como ele é técnico de informática, ele tem o conhecimento de como funciona a Rede Mundial de Computadores”. A Polícia Civil do Ceará suspeita que Matheus Alves tenha passado anos cometendo estes crimes, pelo menos desde 2014, quando ele registrou um BO para denunciar que alguém havia criado um perfil falso, com o nome dele, para chantagear mulheres – o que os investigadores acreditam ter sido feito para ele se resguardar de futuras acusações.