Vários profissionais da enfermagem realizaram um protesto na manhã desta quarta-feira (7) durante o desfile de 7 de setembro em Mossoró/RN. Enfermeiros, técnicos de enfermagem, parteiras e auxiliares de enfermagem protestaram contra a suspensão da lei que criou o piso salarial da categoria.
“Se o piso não for pago e não for suspenso o pedido de Barroso da suspensão, a enfermagem vai entrar em greve”, disse José Nunes, enfermeiro.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu no domingo (4), a lei que criou o piso salarial da enfermagem com objetivo avaliar o impacto dela sobre o sistema de saúde.
Em Mossoró, o protesto começou às 8h da manhã em frente ao teatro Municipal Dix-Huit Rosado e após seguiu no mesmo percurso do desfile.
“Passou pelo Senado, passou pela Câmara, passou prelo Presidente e um ministro do STF, Luiz Barroso, simplesmente cancelou todos esses trâmites. Por isso, estamos aqui na rua cobrando os nossos direitos”, declarou Edilson Júnior, enfermeiro.
A decisão do Ministro foi tomada após analisar informações preliminares e argumentação da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde).
De acordo com a lei, a previsão era de que o mínimo para os enfermeiros fosse de R$ 4.750. Já os técnicos de enfermagem deveriam receber 70% do valor do piso dos enfermeiros (R$ 3.325), enquanto auxiliares de enfermagem e parteiras deveriam receber 50% do piso (R$ 2.375). Ainda de acordo com a lei, o piso é válido tanto para a esfera pública quanto privada.
Nos próximos dias, a decisão cautelar de Barroso deve ser levada a referendo no plenário virtual da Corte, segundo informou à imprensa à assessoria do STF. Ao final do prazo de 60 dias e com as novas informações em mãos, o caso de ser reavaliado.