Profissionais da enfermagem dos municípios de Mossoró/RN e Apodi/RN realizaram protestos na manhã desta sexta-feira (09) contra a suspensão da lei que estabelece o piso salarial para a categoria.
A lei havia sido sancionada no dia 05 de agosto e fixava os pisos salarias para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Na semana passada, cerca de um mês depois da sanção, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu a lei, alegando a necessidade de avaliar o impacto dela sobre o sistema de saúde.
Nesta sexta, profissionais foram às ruas para protestar contra a decisão. Em Apodi, a categoria percorreu as principais avenidas da cidade e parou em frente a Câmara Municipal de Vereadores para pedir apoio ao poder legislativo local. Além de blusas pretas e jalecos, os manifestantes carregavam cartazes pedindo respeito ao piso.
“Fizemos o nosso papel na busca da nossa valorização, e do respeito da nossa profissão. São muitos anos de luta por isso, e quando consegue que vira lei, veio essa questão desse ministro do STF pra tentar derrubar essa lei. Mas já tá na constituição, vamos à luta e vamos torcer que dê tudo certo”, disse a técnica de enfermagem Antônia Maia sobre o protesto.
Em Mossoró/RN, as mobilizações reuniram profissionais que percorreram o Centro da cidade, além de enfermeiros do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) que também realizaram um ato de protesto. A categoria reivindica a derrubada da suspensão do piso salarial.
De acordo com a lei, a previsão era de que o valor salarial para os enfermeiros fosse de R$ 4.750. Já os técnicos de enfermagem deveriam receber 70% do valor do piso dos enfermeiros (R$ 3.325), enquanto auxiliares de enfermagem e parteiras deveriam receber 50% do piso (R$ 2.375). Ainda de acordo com a lei, o piso é válido tanto para a esfera pública quanto privada.
Nos próximos dias, a decisão do ministro deve ser levada a referendo no plenário virtual da Corte, segundo informou à imprensa à assessoria do STF. Ao final do prazo de 60 dias e com as novas informações em mãos, o caso de ser reavaliado.
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