O cenário internacional fez a balança comercial do Rio Grande do Norte mudar de característica. O produto mais exportado pelo estado por muitos anos, o melão, deixou o topo da lista no ano passado e agora ocupa um distante segundo lugar.
De janeiro a setembro deste ano, o melão exportado gerou um valor de mais US$ 45.451.000,00. Um crescimento de 2,34% em comparação ao mesmo período do ano passado. Porém o óleo Diesel, saltou 173%, e atingiu a incrível marca de mais de US$ 322 milhões (aproximadamente R$ 1,69 bilhão).
Este ano marcou também a forte exportação do sal do estado. Nos primeiros nove meses do ano, as exportações de sal somaram US$ 7,7 milhões em 2021, e este ano atingiram mais de US$ 20 milhões.
Mudança de rota
Chama atenção também como mudou o destino das nossas exportações. Até 2020, a maior parte tinha como destino a Europa (34,5%), mas especificamente Holanda (15,8%) e Espanha (11,3%).
Mas desde que o óleo diesel passou a ser o produto mais exportado, o nosso principal comprador passou a ser Singapura. Em 2021, quando analisados os valores negociados, Singapura já é o destino de 30,16% de tudo que exportamos. Este ano, o país asiático é responsável por 57,6% de tudo exportado pelo Rio Grande do Norte. O segundo destino das nossas exportações agora é os Estados Unidos (12,3%), e só depois vem a Holanda (4,9%).
Balança Comercial
Quando comparamos, o que o estado importa e exporta, ainda apresentamos saldo positivo. Entre janeiro e setembro deste ano, exportamos mais de US$ 560 milhões e importamos US$ 309 milhões. O saldo positivo da balança comercial é bem maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
O problema da nossa balança continua sendo as características dos produtos comercializados. O estado continua exportando produtos de extração (óleo, sal, granito e pedras preciosas) e agricultura (melão, melancia, entre outros).
As importações tem produtos manufaturados, principalmente equipamentos de geração de energia solar e eólica vindos da China e Índia. O produto mais importado este ano, foi o trigo vindo da Argentina, Uruguai e estados Unidos.
Os produtos importados vêm basicamente da China (44,6%), seguidos da Argentina (15,9%) e Estados Unidos (12,1%).