Em contato com o portal TCM Notícia, o Delegado Rafael Arraes, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que por enquanto não vai comentar a versão apresentada pelo advogado Edson Lobão sobre a morte do bacharel em Direito Eliel Ferreira Cavalcante Júnior, 25 anos.
Eliel foi morto em via pública com cerca de 9 tiros de pistola, no último sábado (9). De acordo com o advogado, que representa a família de Eliel, a morte do jovem foi motivada por homofobia. Porém, uma versão anterior apresentada pelo Delegado com bases nas investigações da Polícia Civil mostra informações diferentes. Veja as duas versões.
Versão apresentada pelo Delegado
Durante coletiva de impressa, realizada na tarde da segunda-feira (11), o delegado Rafael Arraes, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) detalhou o que a Polícia Civil já apurou sobre o caso.
Segundo as investigações, Eliel estava conversando com um amigo na calçada de uma rua, no Bairro Boa Vista, quando Ialamy Gonzaga, apontado pela Polícia como autor do crime, achou que Eliel seria um assaltante e o abordou. Eliel, por sua vez, pensou que seria assaltado e correu.
A população começou a gritar “pega ladrão” dando a entender que Eliel seria assaltante. Nesta versão, um rapaz que viu a confusão agarrou Eliel, e mesmo rendido ele teria levado o primeiro disparo. Ainda de acordo com as investigações, o primeiro tiro atingiu o rapaz que segurava Eliel. Ialamy teria pedido para o rapaz procurar atendimento no hospital e no momento que ele saiu disparou várias vezes em direção a Eliel matando-o no local.
Versão apresentada pelo advogado Edson Lobão
Na quarta-feira (13), o advogado da família da vítima explicou que Eliel teria ido visitar o namorado no condomínio onde ele morava que ficava em frente à casa de Ialamy Gonzaga. Ainda segundo a defesa, o acusado já tinha visto Eliel e o seu companheiro juntos outras vezes.
No sábado (9) os dois haviam saído juntos de casa e quando voltaram, pararam em frente ao condomínio para conversar, quando observaram dois homens que saíram da casa de Ialamy se aproximando.
Segundo o depoimento do companheiro de Eliel, os dois homens teriam dado um sinal para o acusado, que se aproximou e deu dois disparos. As vítimas correram para lados opostos, e Ialamy seguiu Eliel. A vítima acabou sendo contida por um morador, o que teria permitido Ialamy se aproximar e dar mais disparos, executando Eliel.