Foi preso no último sábado (16), no interior de Pernambuco, Valdecir Alves dos Santos, 50 anos, mais conhecido como Colorido, natural da cidade de Jardim de Piranhas/RN. Para o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, membro do Ministério Público paulista que investiga o crime organizado, a prisão do potiguar pode ter impacto na organização interna da facção paulista PCC, tamanha era sua importância no grupo.
De acordo com as investigações, Colorido dividia, nas ruas, o controle do PCC com outro integrante, que agora deve assumir o controle. Era apontado como um dos mais importantes líderes que estava em liberdade, foragido do sistema Paulista desde 2014. Ele era um dos grandes responsáveis pela articulação do PCC com grandes produtores de cocaína e pela logística de distribuição da droga.
“O Colorido dividia a função de número um da rua do PCC (…) e pelas nossas informações foi colocado nesse posto pelo próprio Marcola pra dividir o poder”, explicou Lincoln Gakiya ao TCM Notícia.
Em relação ao Rio Grande do Norte, o promotor diz que não tem informações sobre atividade criminosa de Colorido no estado. “Não tenho informação sobre a atividade criminosa dele, apenas de que ele tinha parentes lá e costumava visitar aquele lugar com frequência”, declarou.
Ao jornal Folha de São Paulo, o advogado de Colorido, Bruno Ferullo, disse que as acusações do Ministério Público são “infundadas” e afirmou que seu cliente não é traficante e não tem ligação com o crime organizado. Disse ainda que em relação aos processos que estão em andamento será demonstrado sua inocência.
À nossa reportagem, a Polícia Federal de Mossoró/RN disse que o caso é muito sensível e que não iria comentar a prisão por enquanto.
Colorido foi preso após ação de inteligência operada pela Força-Tarefa de Mossoró/RN, GISE/Cascavel, Delegacia de Ponta Porã e Delepat/SRRN.
O foragido estava indo do Rio Grande do Norte para a Bahia, a PRF recebeu a informação e o abordou. O homem só foi identificado após consulta ao sistema de reconhecimento facial.