Após iniciar paralisação, médicos pediatras da Neo Clínica SS que atuam na Maternidade Almeida Castros, divulgaram nesta sexta-feira (15) uma nota de repúdio à imprensa diante das decisões tomadas pela direção da APAMIM e das autoridades públicas envolvidas. De acordo com o texto, “atualmente, mesmo com a suspensão de cinco escalas pediátricas na Maternidade Almeida Castro, os pediatras continuam sem receber pelos plantões e visitas desde maio de 2023”. Estão paralisados os seguintes serviços, por tempo indeterminado:
– 7 leitos de UTI Neonatal (a cidade conta com 17 leitos, mas estão funcionando 10 e todos eles estão ocupados);
– 15 leitos de Unidades de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINco), que são de médio risco. No momento, esse setor está sem plantonista, mas foram mantidos cinco leitos com os pacientes já internados;
– 50% da sala de parto;
– Visitas médicas de alojamento conjunto.
Após a notícia da paralisação, o juiz João Batista Martins Prata Brega determinou o bloqueio das contas do Governo do Estado e da Prefeitura de Mossoró. Porém profissionais informaram que, “o bloqueio de contas do Governo do Estado não alcança os médicos pediatras que estão com atividades paralisadas, pois a dívida do Estado era com as demais especialidades”.
Já em relação à Prefeitura de Mossoró, a Neo Clínica informou que “sequer houve bloqueio de contas. Em agosto, a APAMIM solicitou intermédio judicial para que a Prefeitura pagasse a dívida que possui com os prestadores de serviço de saúde desde agosto. Na ocasião, a APAMIM desejava ter recursos suficientes para sanar as dívidas com todos os credores, incluindo o pagamento dos meses em atraso com a Neo Clinica SS. A justiça ofereceu a oportunidade para que a Prefeitura de Mossoró pagasse as suas dívidas de forma parcelada”, informou a nota.
Confira o texto da nota de repúdio, assinada pelos pediatras da Neo Clínica: