A casa, que deveria ser ambiente seguro, pode se tornar um espaço perigoso para crianças, principalmente durante o período de férias. Segundo dados de um levantamento do Ministério da Saúde, em 2022 mais de oito mil crianças ou adolescentes morreram vítimas de queda em casa – uma média de 23 óbitos por dia.
Socorrista há 15 anos, Rafael Medeiros conhece bem os riscos e alerta para os cuidados que os pais e responsáveis devem ter neste período.
“Neste período, quando as crianças ficam em casa, a residência acaba sendo um parque de diversão e todo o cuidado deve ser realmente redobrado. Temos os principais riscos em casa como estantes, quina de estantes, tomadas, os talheres como facas e garfos, pratos, que também têm facilidade de quebrar, as tomadas com o risco de choque elétrico também”, explica Rafael Medeiros.
O socorrista alerta que um incidente doméstico, por mais simples que pareça, pode ter consequências futuras. “Com relação à queda, os principais perigos são fraturas, principalmente em membros inferiores, superiores. A criança pode bater com a cabeça e ter uma queda de consciência, pode ter um sangramento também”.
Acidentes envolvendo energia elétrica também são preocupantes e podem causar desde queimaduras até uma parada cardiorrespiratória.
Rafael Medeiros afirma que a melhor prevenção para essas situações é sempre a atenção, mas outras estratégias podem ser adotadas, como protetores de quinas e tomadas, guardar objetos cortantes e colocar telas em janelas e varandas.