Produtores, motoristas e trabalhadores estão insatisfeitos com as condições da RN-015, popularmente conhecida como a “Estrada do Melão”.
A estrada é um dos principais eixos viários de transporte e de escoamento da produção agrícola da região, que é considerada uma das maiores produtoras de frutas do país. No entanto, sem a manutenção adequada, as condições da pista foram se degradando ao longo dos anos. Como consequência disso, os prejuízos são inúmeros para quem trabalha e trafega pela pista.
“O Governo poderia investir melhor para oferecer uma fruta melhor ao consumidor. Produzimos com o maior carinho e muita qualidade, mas infelizmente, o Poder Público não nos oferece condições para trabalhar”, afirmou o produtor Maxuel da Silva.
Há algum tempo, o Governo do Estado tem prometido a recuperação da rodovia. Uma etapa da obra, com extensão aproximada de 6,5 KM já havia sido contratada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), mas foi paralisada quando haviam sido executados serviços de terraplenagem, assim como serviços iniciais de pavimentação. Em abril de 2022, A Governadora Fátima Bezerra assinou um acordo de cooperação técnica com a Codevasf para as obras de pavimentação de 9 quilômetros da “Estrada do Melão”.
Mas, para os motoristas, a promessa não saiu do papel. São 32 km de uma obra inacabada, que tem afetado toda a cadeia produtiva.
“Passo até seis vezes por dia por aqui. Estou com o para-brisa e o parachoque quebrados. Um prejuízo de, no mínimo, R$ 7.500”, lamentou o motorista Valdeci Braga.
O presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do RN (Coex-RN), Fábio Queiroga, endossou o protesto e reforçou a importância da pauta para a economia do estado.
“A responsabilidade que nós temos para produzir nas fazendas não esta sendo correspondida no sentido de o Estado oferecer a infraestrutura para que tudo o que é produzido possa chegar ao mercado consumidor da melhor maneira. Nós empregamos mais de 50 mil trabalhadores no estado, nós temos uma arrecadação de mais de R$ 1 bilhão. Eu acho que isso é suficente para que os recursos sejam destinados para a produção e o escoamento do nosso melão”, alertou.
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