Após firmarem acordo com o governo federal, os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) encerraram a greve, que durou 52 dias, e retomaram o atendimento aos beneficiários.
Os servidores estavam em greve a quase dois meses reivindicando principalmente o reajuste salarial de 19,9% para a categoria, além de concursos públicos e melhorias nas condições de trabalho. O anúncio do fim da greve foi feito após reunião entre o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, e a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais, na última sexta-feira (20).
No acordo, 18 itens da pauta de reivindicações foram atendidos. Segundo o vice-presidente da associação, Francisco Eduardo Cardoso, a categoria explicou as condições do trato entre as partes: “A questão do aumento tem uma condicionante: se o governo for dar aumento linear para todas as carreiras do serviço público federal, sem nenhuma exceção, a gente, obviamente, vai entrar nesse aumento linear. Porém, se o governo quiser privilegiar uma ou outra carreira, que seja, automaticamente nós vamos entrar nos 19,9% [de reajuste]”, afirma o vice-presidente.
Os médicos se comprometeram a repor os 52 dias parados e a trabalhar para reduzir o estoque de perícias não realizadas durante a paralisação.
Para reduzir a fila de exames periciais agendados, foi definida a realização de até 12 atendimentos diários por profissional. No entanto, de acordo com lei de 2019, os médicos que ultrapassarem essa quantidade, vão receber R$ 61,72 por perícia extraordinária.
Os servidores terão 8 meses para compensar os dias não trabalhados de modo presencial ou remoto.
