Na tarde desta quarta-feira (28), o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), desembargador Cornélio Alves, concedeu uma coletiva de imprensa para discutir as medidas que estão sendo tomadas em resposta ao duplo homicídio ocorrido em João Dias. O prefeito Francisco Damião de Oliveira e seu pai, Sandi Alves de Oliveira, foram assassinados na terça-feira (27), e a investigação continua para determinar a motivação do crime.
Durante a coletiva, o desembargador destacou que o caso está sendo tratado com a máxima seriedade e que a Justiça Eleitoral está tomando providências rigorosas para garantir a segurança durante as eleições. Alves afirmou que, apesar da gravidade do ocorrido, as eleições em João Dias não serão adiadas. O prazo para a substituição do candidato falecido pela coligação é de 10 dias, e a eleição seguirá conforme a data prevista.
Em relação ao município, na ausência do prefeito, o vice-prefeito assume, e na falta deste, o presidente da Câmara de Vereadores, que é outro irmão do prefeito assassinado.
O desembargador também mencionou que, além das forças policiais locais, a Força Federal será mobilizada para garantir a ordem e a segurança no município. “O esquema de segurança será reforçado para assegurar que os eleitores possam votar com tranquilidade. A situação em João Dias é preocupante, mas isolada”, afirmou Alves.
Sobre a possível necessidade de segurança tecnológica, o desembargador esclareceu que, no momento, a prioridade é o reforço da segurança física com a presença das forças federais e não há planos para a implementação de tecnologias adicionais como câmeras ou drones.
Ele ainda detalhou que, até o momento, 24 municípios solicitaram a presença das forças federais, com João Dias sendo uma das regiões que receberá esse reforço específico. O desembargador enfatizou que a situação é vista como isolada, e que as demais cidades vizinhas estão tranquilas.
“A violência em João Dias não é um fenômeno novo; é um problema que se estende por décadas. A nossa missão é garantir que a eleição ocorra da maneira mais segura possível para todos os cidadãos”, concluiu o desembargador.