O estado do Rio Grande do Norte teve 683 estudantes beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em 2023, segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC). Desse total, 67,2% são mulheres, e entre elas, 55,2% se identificam como pretas ou pardas, reforçando o caráter inclusivo do programa.
Em todo o Brasil, 50.186 pessoas foram contempladas pelo Fies no ano passado, com as mulheres representando 68,23% dos beneficiários. A maior parte dos estudantes beneficiados (56,1%) são pretos ou pardos, enquanto 41,89% se identificam como brancos.
Desde 2023, o Governo Federal tem adotado medidas para fortalecer o Fies, como a criação do Fies Social, que prioriza 50% das vagas para estudantes de baixa renda inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e com renda familiar de até meio salário mínimo per capita. Também foram implementadas cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.
Outro destaque foi o aumento do teto de financiamento para cursos de Medicina, que passou de R$ 52,9 mil para R$ 60 mil. Além disso, o processo de inscrição foi flexibilizado, permitindo que os candidatos escolham até três opções de curso ou região, conforme explicou o secretário de Educação Superior do MEC, Alexandre Brasil.
O Governo também retomou os processos seletivos para vagas remanescentes e iniciou um programa de renegociação de dívidas, resultando na renegociação de 352 mil contratos, totalizando cerca de R$ 16 bilhões. Até 844 mil estudantes ainda podem renegociar seus contratos pelo programa Desenrola Fies, com descontos de até 99%. O prazo para adesão foi prorrogado até 31 de dezembro de 2024.
Os dados sobre o desempenho do Fies em 2023 estão disponíveis no portal ComunicaBR, onde qualquer pessoa pode consultar e baixar informações detalhadas por estados e municípios.
Criado pela Lei 10.260/2001, o Fies é um programa federal que financia cursos de graduação em instituições privadas de ensino superior com avaliações positivas no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Para se inscrever, é necessário ter participado do Enem desde 2010, com uma média mínima de 450 pontos e nota superior a zero na redação. O candidato também deve ter renda familiar bruta de até três salários mínimos por pessoa.
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