No judô, o ippon é a pontuação máxima que um atleta pode conseguir durante uma luta. Uma espécie de gol de ouro, que já não existe mais no futebol atual. Na prática, a técnica é realizada quando o lutador projeta o adversário de costas no tatame, com força, velocidade e controle. Se bem executado, garante o fim da luta.
Para o carioca Raphael Keisuke, radicado em Natal, o golpe valeu a medalha de bronze no Panamericano de Judô, realizado em setembro, em Bogotá, capital da Colômbia. A técnica utilizada contra o oponente norte-americano rendeu diversos elogios ao atleta potiguar e viralizou na internet.
“Recebi a notícia que o meu Ippon perante o norte-americano foi o mais bonito da competição, gerando muito engajamento nas redes sociais. Muitos estão me parabenizando e pedindo para eu ensinar, para mostrar a técnica do Keisuke detalhadamente. Enfim, eu acho que o ouro não veio, mas está faltando pouco”, afirmou o atleta.
Em entrevista ao Portal TCM Notícia, Raphael Keisuke conta que o judô faz parte da sua rotina desde os 4 anos. Após uma trajetória vitoriosa, ele decidiu diminuir o ritmo, mas, sem deixar de lado a sua “jodôterapia”.
“Participei de inúmeras competições representando o RN nos Norte-Nordestes, Campeonatos Brasileiros e Copas. Como a idade e as responsabilidades chegaram ecomo chegam para todos, precisei suspender os treinos intensos, ficando apenas como hobby, ou, como eu chamo, ‘Judôterapia’.” afirmou.
“Como todo Competidor, só tem graça de treinar se tiver alguma competição em vista né, então estou procurando desde a pandemia enfrentar os gringos, viajando pelo mundo a fora”.
Como atleta veterano, já são inúmeros pódios na carreira. Entre as conquistas, se destacam o bronze no Sulamericano da Argentina, o ouro da Copa Jalisco, no Mêxico, além, claro, da medalha de bronze na Colômbia, recentemente. Atualmente, ele faz parte do Judô Clube Tomodachi.
O caminho de vitórias foi traçado através de muita dedicação e empenho. Porém, o apoio dos patrocinadores foi fundamental nesse processo.
“Se não fosse meus patrocinadores, não teria como ir para um evento tão grandioso e tão caro como esse”, ressaltou.
Enquanto aguarda novas oportunidades no calendário, Raphael segue curtindo o reconhecimento pelo momento. Os holofotes chegaram para ficar e ele espera seguir brilhando dentro e fora dos tatames.
“Tenho alguns seminários em vista para mostrar meu Uchi mata (golpe preferido), inclusive, fora do país. Para isso, conto com o apoio de todos”, concluiu.
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