Com informações do Governo Federal
Prestes a completar um ano da fuga dos dois fugitivos, a Penitenciária Federal de Mossoró voltou a ser manchete após a deflagração da operação “Dissímulo” por parte da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal. A ação investiga um grupo criminoso suspeito de fraudar licitações na área de terceirização de serviços. A operação, que conta com a apoio da Receita Federal, cumpre 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal.
Segundo a CGU, as investigações foram iniciadas em 2024, após a publicação de notícias sobre irregularidades relacionadas à empresa R7 Facilities – Manutenção e Serviços LTDA, na gestão contratual da manutenção da Penitenciária Federal de Mossoró.
De acordo com investigações, os levantamentos indicam que empresas com vínculos societários, familiares e trabalhistas teriam se associado para manipular concorrências públicas, utilizando declarações falsas para obter benefícios fiscais indevidos e garantir vantagem sobre outros participantes dos certames.
A Controladoria-Geral da União também identificou que o grupo utilizava “laranjas” como sócios para ocultar os verdadeiros proprietários das empresas, dificultando a fiscalização e ampliando a atuação do esquema. O grupo investigado mantém dezenas de contratos vigentes com a Administração Pública.
Os fatos apurados podem configurar os crimes de frustração do caráter competitivo de licitação, falsidade ideológica, uso de documento falso e estelionato contra a Administração Pública.